O tratamento da sintaxe em gramáticas brasileiras do século XIX: estudo historiográfico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Polachini, Bruna Soares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-16092013-102913/
Resumo: Esta pesquisa teve como principal objetivo analisar continuidades e descontinuidades no tratamento da sintaxe em gramáticas brasileiras do português do século XIX. Para tanto, as seis obras selecionadas, a saber, Morais Silva (1806), Coruja (1873[1835]), Sotero dos Reis (1866), Freire da Silva (1875), Ribeiro (1881), Maciel (1894[1902]), foram examinadas em relação às quatro capas, ou dimensões, que Swiggers distingue no conhecimento linguístico. Na análise da capa teórica, correspondente a visão global da linguagem e concepção das tarefas e do estatuto dos estudos linguísticos, foram analisados os termos gramática, língua e linguagem. Na análise da capa técnica, relativa a técnicas de análise e métodos de apresentação dos dados, abordaram-se termos da seção de tratamento da sintaxe das obras presentes em seis temas: a definição mesma de sintaxe, sentença e seus membros, concordância, hierarquia dos itens da sentença, sintaxe figurada e vícios. Já a capa documental, definida por Swiggers como a documentação linguística e filológica (número de línguas, tipos de fontes de dados, por exemplo) sobre o qual se baseia o estudo linguístico, permitiu a análise dos dados linguísticos eleitos como exemplos nas gramáticas e um exame, ainda que tangencial, das formas de incorporação do português do Brasil a esses trabalhos. Por fim, a capa contextual ensejou a exploração de elementos externos que tiveram algum impacto sobre o tratamento da sintaxe nas obras selecionadas. Os resultados apontam para a emergência e queda do aspecto dual da linguagem; para a persistência de uma tensão usus vs. ratio ao longo de todo o século; a diversas continuidades e descontinuidades no tratamento da sintaxe, que resultaram numa periodização complexa em que, apesar de notarmos rupturas, mais e menos profundas, ao longo de todo século, demonstra haver rupturas transversais (i.e. em todas as capas) na gramática de Ribeiro (1881) e também de Maciel (1902[1894]).