A transitividade verbal na gramatização brasileira do português no século XIX

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Melo, Cleide Bezerra de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/21888
Resumo: A presente pesquisa objetiva investigar a transitividade verbal em plano historiográfico, no contexto da gramatização brasileira do português, com base em cinco gramáticas publicadas no século XIX. A escolha do verbo como tema central da pesquisa justifica-se pelo fato desta categoria gramatical configurar-se um instigante tema de investigação, dada a sua complexidade no plano da descrição linguística. Questões como a da regência verbal, do uso de preposições associadas ao mesmo verbo e da relação entre regência e significado, dentre outras, são tratadas sob diversos pontos de vista nessas obras. A escolha do corpus visa a cobrir o pensamento gramatical brasileiro nos dois períodos que caracterizam o século XIX, qual sejam o período racionalista e o científico (cf. CAVALIERE, 2002). Este trabalho fundamenta-se na historiografia linguística, conforme as orientações de Konrad Koerner (2014) e Pierre Swiggers (2013), e baseia-se nas concepções teóricas sobre gramatização e as ciências da linguagem postuladas por Sylvain Auroux (1992). A metodologia consiste na aplicação dos princípios historiográficos koernerianos - contextualização, imanência e adequação - e a análise do corpus segundo a tipologia de Swiggers (2014). No que tange à análise realizada, pode-se afirmar que as ideias e as práticas linguísticas dos filólogos do modelo científico ampliam a visão sobre o verbo em face do modelo racionalista, ligando o passado ao presente e permitindo refletir sobre o objeto deste trabalho, a transitividade verbal, para entender as possíveis lacunas que permanecem até nossos dias no estudo desse fenômeno