Efeito de níveis crescentes de volumoso sobre a digestibilidade de nutrientes de rações para capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris hydrochaeris, L. 1766)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1994
Autor(a) principal: Bernardi, Lais Guedes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20191218-132712/
Resumo: Para obter mais informações sobre a nutrição e condução de ensaios de digestibilidade com capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris L. 1766) realizou-se um experimento, no qual foram testados cinco tratamentos com níveis crescentes de volumoso, feno de capim estrela africana (Cynodon dactylon): T15= 15,00%; T22=22,00%; T29=29,00%, T36=36,00% e T43=43,00% na ração de animais alojados em três tipos de instalação - gaiolas metabólicas (1,7 m2), baias fechadas (6,0 m2) e baias experimentais (10,0 m2). Foi empregado o delineamento de blocos casualizados utilizando-se 30 animais machos, com peso médio 35,92 ± 5,6l kg formando seis blocos homogêneos quanto ao peso, que foram alojados nas instalações definidas - dois blocos em cada -, sendo utilizada a coleta total das fezes, para posterior comparação com a cinza insolúvel em ácido - AIA-HCl, 2N -, visando determinar seu potencial de uso como indicador de digestibilidade. Os três tipos de instalação mostraram-se inadequados; é possível, entretanto, realizar ensaios com capivaras em gaiolas metabólicas desde que sejam adaptadas e menores que as utilizadas no ensaio e na impossibilidade, é preferível utilizar baias pequenas que não permitam contato visual entre os animais ou acesso a coisas que possam ser roídas. O período de adaptação definido - 12 dias, com restrição de fornecimento de alimento nos três últimos - foi insuficiente para estabilizar o consumo de ração. Os coeficientes médios de digestibilidade correspondentes aos tratamentos T15; T22; T29; T36 e T43 observados no ensaio foram: a) matéria orgânica 79,84; 75,63; 70,30; 67,26 e 62,41% (p<0,01); b) matéria seca 77,80; 73,64; 68,28; 65,21 e 60,15 % (p<0,01); c) proteína bruta 75,56; 74,58; 71,23; 68,49 e 67, 74% (n.s.); d) energia bruta 78,58; 74,95; 69,92; 66,58 e 62,11% (p<0,01) e) fibra bruta 78,58; 74,95; 69,62; 66,58 e 62,11%; f) fibra em detergente neutro 60,37; 54,32; 51,44; 51,52 e 48,7% (p<0,05); g) fibra em detergente ácido 49,00; 43,64; 44,27; 44,49 e 37,29% (n.s.); h) extrato etéreo 76,69; 82,30; 81, 75; 80,28 e 81,49% (n.s.); i) extrativo não-nitrogenado 85,27; 80,54; 74,79; 71,78 e 64,87 (p<0,01). Níveis até 22% de alimento volumoso na dieta não afetaram (p>0,05) a digestibilidade dos nutrientes, no entanto, houve correlação inversa (p<0,01) entre os coeficientes de digestibilidade da matéria seca e matéria orgânica e os constituintes das paredes celulares. A substância testada como indicador - AIA-HCl, 2N - apresentou recuperação diferente de 100%, mostrando-se, portanto, inadequada nas condições deste ensaio.