Alimentação e manejo de capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris hydrochaeris L. 1766) em cativeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1990
Autor(a) principal: Silva Neto, Paulo Bezerra e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20191218-154004/
Resumo: Este trabalho foi conduzido no Centro Interdepartamental de Zootecnia e Biologia de Animais Silvestres (CIZBAS) da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" no período de julho de 1985 à dezembro de 1986. Foram desenvolvidos dois experimentos tendo por objetivos avaliar o efeito de diferentes níveis de proteína bruta da ração, e diferentes proporções de alimentos volumoso e concentrado, sobre o crescimento de capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris hydrochaeris L. 1766) em cativeiro. No primeiro experimento, com duração de cento e sessenta e oito dias, foram utilizados três tratamentos correspondendo a três níveis de proteína bruta (13.5, 17.0 e 20.5%), em rações isocalóricas fornecidas em quantidades controladas juntamente com capim elefante (Pennisetum purpureum Shum) “ad libitum”. O delineamento foi inteiramemte casualizado com três tratamentos, duas repetições e três animais por baia (parcela experimental), totalizando dezoito animais capturados no habitat natural, sendo seis machos e doze fêmeas com peso médio inicial de 20.0 kg. O segundo experimento, teve a duração de duzentos e noventa e quatro dias, e foram utilizados vinte e dois animais alimentados com quatro diferentes proporções de alimentos concentrados e volumosos. Os tratamentos foram: (A) ração com 16.25% de proteína bruta e capim elefante, ambos "ad libitum"; (B) ração com 16.25% de proteína bruta controlada (36% do consumo voluntário observado no tratamento A) e capim elefante “ad libitum”; (C) ração com 16.25% de proteína bruta “ad libitum”; (D) capim elefante “ad libitum”. Os animais foram submetidos a dois sistemas de fornecimento de água para regulação térmica a saber: banho de imersão e banho de chuveiro. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado com esquema fatorial 22 para avaliar o efeito do sexo x manejo de água sobre a performance de crescimento dos animais. Cada repetição ou unidade experimental foi constituída de onze animais, totalizando vinte e dois animais distribuídos em dois lotes experimentais de seis fêmeas e cinco machos todos nascidos em cativeiro, que passaram em rodízio pelos quatro tipos de tratamentos. No experimento um, não foram observadas diferenças significativas (P>0.05) no consumo de alimento, ganho de peso e conversão alimentar entre os diversos níveis de proteína bruta, sendo no entanto observado uma tendência de correlação linear positiva entre níveis de proteína bruta nas rações e ganhos de peso. Os animais apresentaram em média, um consumo diário de alimento correspondente a 3.58% do peso vivo, um ganho de peso de 107.53 g/dia e uma conversão alimentar de 13.54: 1 em matéria seca. Os animais no experimento dois, submetidos ao banho de imersão tiveram um ganho de peso 15% e conversão alimentar superiores aos dos animais com banho por chuveiro. Foi observado ganho de peso médio diário de 129.76, 48.24 e 100.11 g/dia respectivamente nos tratamentos A, B, e C. No período em que os animais receberam o tratamento D, utilizando somente capim elefante “ad libitum” eles perderam em média 39.75 g/dia. Foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre sexo quanto a performance de crescimento, sendo superiores para fêmeas manejadas com banho de imersão no tratamento C.