Estudo antropométrico da evolução do estado nutricional de crianças desnutridas beneficiárias de um programa de suplementação alimentar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1987
Autor(a) principal: Lei, Doris Lucia Martini
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-08102024-125750/
Resumo: Com o objetivo de avaliar a evolução do estado nutricional de crianças atendidas por um programa de suplementação alimentar dirigido a desnutridos, estudou-se 634 crianças de 6 a 71 meses de idade, do município de Diadema, Estado de são Paulo. Este programa combinava ações de saúde e controle médico com suplementação alimentar para consumo no lar. Utilizou-se as classificações de GÓMEZ (peso para a idade) e de WATERLOW (peso para altura e altura para idade), adotando-se como padrão as curvas de crescimento do NCHS. Fazendo-se o diagnóstico nutricional das crianças, por ocasião da matricula, verificou-se que os menores de 2 anos de idade apresentavam os maiores percentuais de desnutrição moderada e severa (GÓMEZ) e de \"Wasted\" (<80% peso para altura); 35% das crianças eram \"Stunted\" (<90% altura para idade), com maior prevalência entre as de 4 anos de idade. Analisou-se a evolução das crianças através das mudanças do estado nutricional antes e depois da suplementação, em dois momentos: após 6 meses e após 1 ano. Verificou-se, após 6 meses de programa, um percentual de crianças que melhoraram, significativamente maior do que a das que pioraram (teste de McNEMAR), segundo os indicadores peso para idade, peso para altura e altura para idade. No entanto, em relação à classificação de WATERLOW, que analisa simultaneamente peso para altura e altura para idade, essa diferença só foi encontrada após 1 ano de suplementação. Observou-se que, quanto menor a idade da criança e quanto maior o seu déficit de peso para idade, tanto melhor sua resposta ao suplemento. Após 6 meses de programa, houve melhora quanto aos graus de Wasting enquanto que para os graus de Stunting, essa melhora foi mais evidente após 1 ano. Este resultado mostrou que o déficit ponderal é rapidamente corrigida, porém, para a recuperação do crescimento linear e uma resposta mais efetiva, é necessário um período mais longo de suplementação. Recomenda-se que mais estudos sejam feitos a respeito deste tema e que um programa que vise a melhoria do estado nutricional de crianças deveria ser analisado de acordo com as características locais, para se obter resultados práticos e realísticos.