Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Marinho, Sheila Pita |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-22052024-194907/
|
Resumo: |
A partir da década de 80, registravam-se na população brasileira, dois problemas nutricionais de natureza diversa: a obesidade em adultos e a desnutrição em crianças e adolescentes. Porém a relação entre elas vêm sendo pouco investigadas no Brasil. Sendo assim, toma-se necessário estudar a distribuição intra-familiar dos estados nutricionais, considerando as diferentes fases da vida. O objetivo deste estudo foi caracterizar e estudar a associação por estado nutricional entre adultos, adolescentes e crianças pertencentes à famílias beneficiadas pela cesta básica do Programa Comunidade Solidária do Governo Federal, com renda familiar de 0 a 2 salários mínimos. A avaliação do estado nutricional de crianças/adolescentes foi feita através do indicador Altura/ldade(A/I), considerando como ponto de corte -1 z-score, enquanto que a avaliação do estado nutricional dos adultos foi feita através do índice de Massa Corporal (IMC), com porto de corte de 25Kg/m2. A verificação dos fatores associados ao estado nutricional de crianças, adolescentes e adultos foi feita através da elaboração de 3 modelos hierárquicos de regressão logística múltipla. Encontrou-se que 35,6% das crianças e 37,5% dos escolares /adolescentes apresentavam déficit estatural, enquanto que 57,8% das mulheres e 29,4% dos homens apresentavam excesso de peso. As altas prevalências de excesso de peso em adultos podem ser provenientes das mudanças ocorridas quanto a forma de utilização das terras nos municípios estudados. Em virtude dessas mudanças, o padrão de atividade física 4 da população, principalmente das mulheres foi alterado, tomando-se menos intenso, fato que favorece o ganho e acúmulo de peso. Tanto no caso de crianças como de escolares/adolescentes, o déficit estatural associou-se a baixa estatura do pai da mãe, possivelmente, determinada por fatores sócio-econômicos e ambientais. Nesse sentido é que pode-se falar que a associação entre o estado nutricional de indivíduos de uma mesma família pode ser indício de perpetuação das carências. Além disso, no que se refere às mulheres, encontrou-se que as maiores prevalências de excesso de peso referem-se às mais velhas e de baixa estatura. Pressupondo-se que a obesidade pode ser decorrente da baixa estatura devido a mecanismos adaptativos, proveniente de privações alimentares ao longo da vida, sugere-se que o excesso de peso e a desnutrição (diagnosticada por déficit estatural) possam ter etiologia comum. |