Evolução do estado nutricional de crianças desnutridas e em risco nutricional em programa de suplementação alimentar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Goulart, Rita Maria Monteiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6136/tde-08022021-163508/
Resumo: Objetivos. Avaliar o impacto do Programa de Incentivo ao Combate às Carências Nutricionais - ICCN nas crianças no Município de Mogi das Cruzes e os fatores associados à evolução nutricional. Métodos. Foram estudadas 724 crianças de 6 a 24 meses inscritas no ICCN, no período de jul/99 à jul/01. Para avaliar o estado nutricional utilizaram-se os índices peso/idade, peso/estatura e altura/idade, sendo consideradas eutróficas crianças com escore z &ge; - 1; de risco &ge; - 2 e < - 1, desnutrida moderada < - 2 e > - 3 e desnutrida grave &le; - 3. As crianças foram acompanhadas por 12 meses, a evolução nutricional foi avaliada através da altura/idade, os resultados foram analisados como estudo de painel, sendo utilizado o \"Generalized Estimating Equations\" (GEE) para as análises univariada e multivariada. Avaliou-se como tendência significativa do escore z os coeficientes com p<0,05. Resultados. Ao final a condição nutricional encontra-se melhor para todas as categorias, sendo que o impacto do programa foi maior quanto mais intensa a deficiência nutricional inicial. Observaram-se ganhos, em altura, de 1,12, 0,82, 0,57 e 0,45 desvios-padrão para os desnutridos graves, moderados, risco nutricional e eutróficos, respectivamente. O fator associado à evolução nutricional para todas as categorias, de forma independente, foi a freqüência ao programa. Para os desnutridos também estavam associados à evolução nutricional, a idade ao ingressar no ICCN, o peso ao nascer e o aleitamento materno. De forma negativa, a idade da mãe e a ausência de trabalho materno. Para as crianças em risco também mostrou-se associada a melhor evolução nutricional, a renda familiar. Conclusão. A experiência do ICCN em Mogi das Cruzes resultou efetivamente na melhora nutricional dos beneficiários.