Avaliação do sindecano-1 em pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico agudo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Beckhauser, Mayara Thays
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17140/tde-26072024-110012/
Resumo: Introdução - O glicocálix endotelial (GE) é uma estrutura presente na superfície endotelial dos vasos sanguíneos e tem papel essencial na permeabilidade vascular, inflamação e barreira antiadesiva endotelial, inferindo efeito protetor nas funções vasculares. O principal constituinte do GE é o sindecano-1. Este estudo tem como objetivo avaliar o envolvimento do GE através da dosagem de sindecano-1 em pacientes com acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico agudo. Métodos - Foram incluídos 56 pacientes com AVC isquêmico internados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. A lesão do GE foi avaliada pela dosagem sérica sequencial de sindecano-1 em até 12 horas, e em 24 e 48 horas após o déficit inicial. Os pacientes foram acompanhados clinicamente após três meses. Um grupo controle de 73 indivíduos sem AVC também avaliou o mesmo biomarcador. Resultados - Foram avaliados 56 pacientes com AVC isquêmico agudo, com idade média de 63,7 ± 13,5 anos), 62,5% do sexo masculino, 64,2% com hipertensão arterial, 42,8% com dislipidemia, 26,7% obesos, 25,0% tabagistas, 23,2% etilistas e 19,6% com diabetes mellitus. A mediana do National Institutes of Health Stroke Scale (NIHSS) na admissão foi de 11 [IQR (intervalo interquartil) 6-19] e o local mais comum de oclusão arterial foi a artéria cerebral média (77,0%). Dos 73 controles, a idade média foi de 45,8 ± 13,0 anos, 49,3% do sexo masculino, 9,5% com hipertensão, 1,3% com diabetes mellitus e 1,3% com dislipidemia. Níveis de sindecano-1 nos pacientes com AVC isquêmico foram significativamente mais elevados em 24 horas (p = 0,015) e 48 horas (p = 0,054) do que o grupo controle. Pacientes submetidos a terapias de recanalização apresentaram um melhor desfecho clínico e de funcionalidade em 90 dias, e apresentam níveis de sindecano-1 menos elevados precocemente com aumento progressivo deste biomarcador após a recanalização. Conclusão - O GE cerebral tem ainda sido pouco estudado em pacientes com AVC isquêmico, e estudos recentes afirmam seu potencial papel na doença cerebrovascular e a necessidade de estudo in vivo do GE na fisiopatologia cerebrovascular. O sindecano-1 sérico é um potencial biomarcador de isquemia cerebral e de lesão por reperfusão no AVC isquêmico.