A dança das Aiabás: dança, corpo e cotidiano das mulheres de candomblé.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Barbara, Rosamaria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-09082004-085333/
Resumo: Este trabalho trata do complexo processo ritual do candomblé, que é individual e coletivo. Através do processo que leva o fiel a se aproximar ao candomblé, o indivíduo é conduzido a viver intensamente no próprio corpo a experiência religiosa que o levará à transformação do sofrimento e da dor até um novo renascimento na força e na alegria de viver. O processo é corporal, é o corpo que sente e que conhece por meio da ampliação das percepções sensoriais. O fiel é levado assim a ter confiança nas suas sensações porque trata-se de um outro tipo de conhecimento, um conhecimento corporal, fundamentado no corpo e na valorização da própria experiência de vida. Esse processo levará à iniciação e à possibilidade de dançar no rito público do candomblé. A dança, que é dança de transe, adquire um duplo papel: de um lado dá-se a demonstração da experiência mística do fiel na transformação interior, do outro, por meio dos passos das coreografias, conta a história mítica e revela a visão de mundo do grupo. A pesquisa foi desenvolvida com uma metodologia fenomenológica e realizada em um dos terreiros mais antigos de Salvador, no qual por tradição a chefia sacerdotal é transmitida por via feminina.