Corpos que dançam... na escola: um diálogo com Paulo Freire

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Oliveira, Fernanda de lattes
Orientador(a): Amaral, Aimberê Guilherme Quintiliano Rocha do lattes
Banca de defesa: Pinto, Tarcísio Jorge Santos lattes, Calfa, Maria Ignez de Souza lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2021/00437
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14060
Resumo: Esta pesquisa foi tensionada por uma investigação sobre o que pode o corpo que dança na escola e procurou articular corpo, palavra, movimento e pensamento para criar uma escrita onde papel e pele se tocam. Ela se caracteriza pelo encontro do fazer/pensar dançante de uma arte educadora e pesquisadora em Dança de uma escola pública municipal juiz-forana, o CEM/Centro de Educação de Jovens e Adultos, com os estudos acadêmicos sobre os corpos que habitam o espaço/tempo escola. A bricolagem foi utilizada como metodologia de pesquisa qualitativa para avivar o processo dialético entre teorias e as situações concretas do cotidiano escolar, conectando bibliografias das áreas de Educação, Filosofia, Arte/Dança, legislações, registros históricos, histórias orais, narrativas pessoais e imagens poéticas das linhas dançantes dos corpos desta escola. O diálogo de quatro categorias do pensamento filosófico e pedagógico de Paulo Freire (Pedagogia do Oprimido, 1987) – corpo consciente, situações-limites, atos-limites, inédito viável – com fundamentos de pensadoras e pensadores da Educação, Filosofia e Dança, sustentam o fio da reflexão central que move essa pesquisa. Pode a Dança, enquanto um componente curricular, ser considerada como um ato-limite que possibilita os inéditos viáveis dos corpos, para além das situações-limites em que eles se encontram quando chegam na sala de aula? O que seriam esses inéditos viáveis que a Dança dá a ver? A pesquisa contornou o corpo que dança na escola para jogar luz nessas questões: dos pés que tocam e são tocados pela história do CEM às políticas públicas da dança no município de Juiz de Fora; das situações-limites que constituem os corpos dançantes do CEM às figuras (corpo dual, corpo negado de ser, corpo dócil, corpo cansado) que a história e a concretude da realidade os assujeita – junto a Silvio Gallo, Ana Maria Freire, Lilia Lobo, Michel Foucault, David Lapoujade, Byung Chul Han entre outros; do corpo vivo de Paulo Freire à sua perspectiva ontológica sobre a corporeidade – inspirado na fenomenologia de Merleau-Ponty e outras correntes filosóficas; do corpo consciente ao inédito viável do eu-corpo através de uma educação libertadora; da legitimação da Dança nas escolas de Educação Básica do Brasil ao pioneirismo da Dança na Bahia; da maneira que Paulo Freire escreveu sobre a dança à maneira como a dança se apropria de seu pensar/fazer educação; das reflexões sobre que danças(?) – com pesquisadoras de Rudolf Laban, Isabel Marques, Laurence Louppe – à reflexão sobre como tem sido as práticas e políticas das/dos arte educadores nas escolas; da dança na escola como ato-limite aos inéditos devires poéticos dos corpos dançantes do CEM, com Ignez Calfa e outros autores.