Práxis educacional de mulheres e danças afro-brasileiras: entrecruzar de corpos e culturas decoloniais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Cecília Nunes da lattes
Orientador(a): Silva, Maria Cecília de Paula lattes
Banca de defesa: Silva, Rosângela Souza da, Santos, Admilson, Moraes, Antônio Carlos, Rodrigues, Emília Amélia Pinto Costa, Paulino, Leonardo Augusto, Vieira, Joana Barral Lopes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) 
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35221
Resumo: Esta tese tem por objetivo apresentar uma atividade reflexiva e interpretativa que traz como questão norteadora compreender o entrecruzar de corpos e culturas decoloniais (corpos que saem do padrão disciplinar) de mulheres que têm, nas suas histórias de vida, uma relação com a cultura popular, especificamente com danças afro-brasileiras, o samba de roda e as danças dos Orixás, produzindo e/ou vivenciando uma práxis educacional anticolonial. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, em formato insubordinado, em que adotamos como dispositivo de análise e de investigação a história de vida (ESPINALT, 2014), a escrevivência (EVARISTO, 2009) e a epistemologia negra (COLLINS, 2019) juntas a uma narrativa autobiográfica em uma dimensão autopoiética (SILVA, 2017). As histórias de vida como técnica de pesquisa visam dar visibilidade às vivências das mulheres, proporcionando uma construção de educação, de formação e de empoderamento entre-gerações. Com enfoque no samba de roda e nas danças dos Orixás e a partir das relações que as mulheres criam e constroem com essas práticas corporais afrodiaspóricas, buscamos, nas teorias e nas propostas do feminismo negro (DAVIS, 2016; AKOTIRENE, 2019; BERTH, 2019; COLLINS, 2019; hooks, 2017, 2019), o suporto teórico para a leitura e a escrita das andanças/trajetórias e movimentos que se relacionam com essa pesquisa. Cientes de que o feminismo negro, ao buscar produzir uma compreensão e uma prática social que interseccionalizam distintos marcadores sociais como raça, gênero e classe, permite-nos entrecruzar as vivências de diferentes mulheres (negras e brancas), desde nossas mais velhas à nossas mais novas, apresentamos andanças para uma educação que, como salienta Paulo Freire (1994; 1996), permita-nos ser mais humanos, mais corpo e mais movimento.