Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Domingues, Flávia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-28112024-112733/
|
Resumo: |
Introdução: A dor é uma experiência comum em crianças e adolescentes hospitalizados com câncer e, por esta razão, é importante o conhecimento de suas causas, para a avaliação e o manejo adequados. O manejo da dor é realizado nas seguintes etapas: avaliação, intervenção e reavaliação. Assim, a construção e a adesão de protocolos institucionais, treinamento dos profissionais e padronização no atendimento são ações determinantes para a efetividade no manejo da dor, permitindo à criança e ao adolescente o retorno para as atividades normais e o enfrentamento da doença com qualidade de vida. Nesse sentido, esta pesquisa teve como pergunta: Como o manejo da dor é realizado pela equipe de enfermagem em crianças e adolescentes em tratamento oncológico?. Objetivo geral: Caracterizar o manejo da dor, pela equipe de enfermagem, em crianças e adolescentes hospitalizados com câncer. Objetivos específicos: Descrever como a avaliação da dor é realizada, pela equipe de enfermagem, em crianças e adolescentes hospitalizados com câncer. Verificar as intervenções farmacológicas e não farmacológicas implementadas no alívio da dor de crianças e adolescentes hospitalizados com câncer. Identificar a realização de reavaliação de dor, pela equipe de enfermagem, em crianças e adolescentes hospitalizados com câncer. Métodos: Estudo observacional do tipo transversal, com abordagem quantitativa, de caráter descritivo, retrospectivo e prospectivo, em uma Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON), especializada em pediatria, do interior de São Paulo, por meio de análise de 345 prontuários de crianças e adolescentes hospitalizados na unidade de internação oncológica e um questionário referente às práticas de avaliação da dor realizadas por 21 profissionais de enfermagem. Os dados foram tabulados e analisados por meio de estatística descritiva e inferências com nível de significância adotado de 5%. Resultados: Um total de 96,8% de crianças e adolescentes hospitalizados com câncer receberam manejo da dor, sendo 86,4% parcialmente e 9,9% totalmente. Dentre esse total, os tumores hematológicos (p=0,034) em tratamento clínico (p=0,006) tiveram a dor mais manejada. As punções intravenosas (64%) foram a maior causa de dor, porém metade delas não recebeu manejo da dor (p=0,001). Quanto as intervenções, 67,25% tiveram associação de intervenções farmacológicas e não farmacológicas (p<0,001), porém, apenas 10,4% tiveram sua dor reavaliada. Em relação à avaliação da dor, houve predominância por meio de alterações fisiológicas e comportamentais e não por escalas validadas, pelo motivo de 61,9% dos profissionais nunca ter utilizado escala de avaliação. Conclusão: O manejo da dor em crianças e adolescentes hospitalizados com câncer evidenciou-se inoperante, pela equipe de enfermagem, desde a ausência de utilização de escalas validadas para avaliação, com ênfase nas intervenções farmacológicas, pouca exploração de intervenções não farmacológicas e carência de reavaliações. |