Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Misato, Marcelo Takashi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/106/106132/tde-21102022-133008/
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Resumo: |
Este trabalho teve como objetivo entender as dinâmicas de municípios em torno de Unidades de Conservação em um contexto social particular -municípios tidos como deprimidos e, partir disso, delinear perspectivas que possibilitem alinhar o desenvolvimento com a conservação ambiental. O recorte espacial se fez em torno dos municípios do Vale Histórico Paulista que tem áreas significativas de seu território em unidades de conservação. Os municípios do Vale Histórico Paulista viveram crises de perdas de população e de produção ao longo da segunda metade do século XIX e por todo o século XX. A partir da década de 1970 foram implantadas na região Unidades de Conservação, tanto de Uso Sustentável como de Proteção Integral, devido à representatividade dos remanescentes da Mata Atlântica em sua porção Sudoeste. Os municípios são guardiões de uma grande biodiversidade de fauna e flora, com a presença de espécies endêmica e, também de um rico patrimônio cultural edificado. A criação dessas UCs representaria para a região um potencial não só para a conservação ambiental, mas também para o desenvolvimento local. A partir do entendimento do histórico da região e de sua relação com o patrimônio cultural e natural concebido por moradores como signos do atraso, surge a pergunta de pesquisa que norteia esta tese: quais são os entraves sociais e ambientais para compatibilizar o desenvolvimento local com a manutenção de UCs em regiões deprimidas? A hipótese que norteou a pesquisa é a de que locais que já contam com uma dinâmica lenta de transformação nos processos produtivos, ao mesmo tempo em que contam com um significativo patrimônio natural e cultural, pedem outras possibilidades de pensar o desenvolvimento que não seja pelo viés do crescimento econômico. Tais lugares, justamente pela dinâmica lenta e dificuldade de crescimento econômico nos moldes tradicionais afetam o sentimento de autonomia da população sobre sua capacidade de desenvolvimento. Assim, essa pesquisa tem base de originalidade na busca de elementos provindos da sociedade civil, que possam subsidiar a gestão e a reflexão na relação que as UCs e seus programas projetam para os municípios estudados e suas realidades específicas. Os resultados do trabalho que se valeu de pesquisa bibliográfica, coleta e análise de dados e de entrevistas com atores chaves da região corroboraram a hipótese e mostraram a necessidade de estímulo à participação social, condição fundamental para qualquer proposta de desenvolvimento local para os municípios de tempos lentos. |