Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Macedo, Francis Gomes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-26052015-114455/
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Resumo: |
O presente trabalho visa discutir a questão de escala na prática de ensino de geografia; propondo o ensino de geografia pelo mapa. Num plano secundário, são analisadas falas provenientes de professores de geografia para então sugerir-lhes que o próprio mapa seja um instrumento de mediação que contribua para a modificação de suas práticas. Entre as leituras realizadas, temos na primeira parte a análise de referências sobre a questão de escala, direcionada para conceber o estudo metodológico e cognitivo do mapa, em articulação com a cartografia no ensino de geografia, a exemplo de Oliveira (1978), Simielli (1989) e Martinelli (1991), além de outros estudos contemporâneos. Estes estudos são articulados com determinadas fronteiras teóricas, a exemplo da filosofia da linguagem (Bakhtin), das contribuições sobre a psicologia da aprendizagem (Piaget/Vygotsky/Feuerstein) e, finalmente, da religação de saberes (Morin) na escola, com a intenção de formular uma teoria sobre como propor um novo modelo de formação de professores de geografia no país. Para a elaboração deste trabalho, as técnicas e o método utilizados foram a realização de diversas oficinas de aprendizagem mediada para o desenvolvimento de funções cognitivas por meio da resolução de exercícios de escala, tendo como embasamento a Experiência de Aprendizagem Mediada de Reuven Feuerstein. O estudo desta teoria para a renovação do ensino de geografia se justifica em função da importância do papel do professor no ensino da disciplina na escola, já que a questão da escala é idealizada de forma superficial e fragmentada como um problema; construindo-se um temor por professores e alunos. Em outros termos, utiliza-se uma abordagem da questão de escala, buscando aproximações, interfaces, continuidades e descontinuidades evidenciadas em diversos estudos preocupados com o ensino de cartografia na escola; valorizando os processos cognitivos do aluno, para então resgatar as bases históricas do estudo cognitivo do mapa e repensar, assim, uma didática da aprendizagem mediada. Este estudo consiste numa contribuição para pensarmos que não basta o ensino dos mapas na escola como uma linguagem, quando a carência realmente se manifesta sobre a necessidade da mediação da palavra falada, já que o pensamento se revela como precursor da aquisição da linguagem, e não o contrário. Mais ainda, o estudo serve como um balizador de uma alternativa para o ensino e a aprendizagem na escola, em que a criança e o adolescente sejam capazes de utilizar os mapas como instrumentos para realizar processos cognitivos e resolver diversas situações-problema envolvidas em suas rotinas escolares. O aluno é finalmente compreendido como sujeito e autor de conhecimento científico, numa relação de dialogia com o professor. |