Interseções entre arte e arquitetura. O caso dos pavilhões

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Tonetti, Ana Carolina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16136/tde-04072013-115801/
Resumo: Esta dissertação tem como foco central o estudo de edifícios pavilhões e sua relação com a produção tridimensional - entendida como instalação e escultura. Para tanto, articula-se o conceito de \"campo ampliado\", elaborado por Rosalind Krauss em texto de 1979 para abarcar as transformações da escultura a partir dos anos 60, com seu recente deslocamento, para o âmbito da arquitetura por parte de alguns autores, nomeadamente Antony Vidler. A pesquisa não se resume apenas a uma investigação da contribuição do espaço arquitetônico para a escultura ou da escultura para a arquitetura, mas foca especialmente a linha que as separa, visto que a tendência de convergência das duas disciplinas faz com que seu elo de reciprocidade se dissolva numa produção intersticial, realizada por artistas, arquitetos ou mesmo por ambos em colaboração. O pavilhão sempre foi entendido como um campo experimental para os arquitetos, especialmente ao longo do século XX quando ajudou a consolidar as premissas da arquitetura moderna. Hoje, apresenta grande visibilidade através de diversos programas que oferecem condições únicas de encomenda e concepção pressupondo uma arquitetura singular, que configura uma produção desvinculada do binômio forma-função e cujo assunto autorreferente é a própria arquitetura. Do ponto de vista das artes o pavilhão representa uma expansão da instalação para um todo espacial que passa a envolver também o edifício e, quando tomado como meta arquitetura, opera também como plataforma de afrontamento crítico. O embate teórico acerca dos desdobramentos do \"campo ampliado\", bem como a investigação sobre aspectos essenciais do termo \"pavilhão\", de natureza maleável, são confrontados com uma análise crítica de casos selecionados em três instituições com características bem distintas- Bienal de Veneza, Instituto de Arte Contemporânea do Inhotim e Serpentine Gallery -, e possibilitam alinhavar conclusões sobre esta produção contemporânea no limiar dessas duas disciplinas.