Arquitetura efêmera: o repertório do arquiteto revelado em obras temporárias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Scoz, Eduardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16134/tde-10032010-162419/
Resumo: Esta dissertação visa entender as implicações do projeto arquitetônico no momento da execução de obras efêmeras, bem como busca elucidar os paradigmas essenciais a este projeto frente ao estágio avançado de depredação dos meios naturais em que o planeta se encontra. Entretanto, ainda que com a escassez de referências bibliográficas sobre o tema, na busca por esse pensamento analisaremos três pavilhões de verão da Galeria Serpentine executados por arquitetos de grande importância no cenário atual acreditamos que o conceito em arquitetura fica plasmado na obra. A leitura desses objetos, organizados não verbalmente, necessita de um referencial capaz de elucidar a sintaxe do pensamento que o orienta, revelando através de dados icônicos e indiciais o repertório de seu projetista. Neste momento mostra-se fecunda a teoria da semiótica de Charles Sanders Peirce, não apenas para revelar o repertório do arquiteto e os paradigmas de projeto que o orientam, mas também para pesquisar de que maneira estes profissionais materializam seus pensamentos através da linguagem não-verbal da arquitetura. Por outro lado, o que se vê à exaustão em eventos comerciais é a utilização de semelhantes sistemas construtivos industrializados, dos quais o OCTANORM é o mais conhecido, o que garante a continuidade do processo moderno e a elevação da capacidade de montagem e desmontagem como valor principal da obra. As hipóteses aqui levantadas tomam estes sistemas como uma manifestação da continuidade e apontam para outras arquiteturas, ainda efêmeras, mas alheias a essa dinâmica e com especificidades que caracterizam um campo particular de estudo. A base epistemológica deste trabalho veicula muito a semiótica peirciana e a bibliografia fundamental que dá orientação à pesquisa tem origem na filosofia da arquitetura e na psicologia da percepção com diversos teóricos.