Avaliação sérica de marcadores bioquímicos e sua influência no prognóstico e sobrevida de equinos com cólica submetidos à celiotomia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Ribeiro, Amanda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74135/tde-19022024-082121/
Resumo: A síndrome cólica é uma enfermidade de caráter agudo em equinos, é desencadeada por distúrbios gastrointestinais que se manifestam por meio de sinais de dor abdominal aguda. A avaliação laboratorial dos equinos com cólica é ferramenta imprescindível para a monitoração dos desequilíbrios hemodinâmicos. Este estudo objetivou avaliar e comparar as análises laboratoriais bioquímicas e as avaliações físicas de equinos submetidos à celiotomia exploratória, com o tipo de afecção gastrointestinal e o desfecho, como método preditivo de prognóstico. As variáveis laboratoriais avaliadas foram: lactato sanguíneo, ureia, creatinina e as enzimas creatinofosfoquinase (CK) e aspartato aminotransferase (AST). As variáveis físicas avaliadas foram: frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (FR) e temperatura retal (TR). Os animais foram classificados quanto ao tipo de afecção (obstruções simples ou estrangulativas) e quanto ao desfecho (alta médica ou óbito). Foram utilizados, neste estudo, equinos com abdômen agudo de tratamento cirúrgico. Os animais foram avaliados no momento de início do atendimento clínico (T0), após o diagnóstico de indicação cirúrgica e estabilização, denominado pré-cirúrgico (D0), após 24 e 72 horas pós-operatórias (D1 e D3, respectivamente) e 7 dias pós-operatórios (D7), para os sobreviventes. O tipo de obstrução foi classificado no período transoperatório. Observou-se que equinos diagnosticados com obstruções estrangulativas apresentam 6,7 vezes mais chances de vir a óbito, que indica que o diagnóstico do tipo de lesão no período pré-operatório é uma forma de predizer o prognóstico dos animais. A principal variável com impacto no prognóstico foi a enzima AST, sendo que equinos com valores de AST≥375 UI/L no pré-operatório, apresentam 4,4 vezes mais chances de terem obstruções estrangulativas e 5 vezes mais chances de óbito. Os animais com obstruções estrangulativas apresentaram valores de ureia e creatinina, no D0 e D1, maiores que os animais com obstruções simples e equinos que evoluíram para óbito apresentaram valores de ureia, em D0, maiores que os que recebem alta hospitalar. Os animais com obstruções estrangulativas apresentaram valores de AST, em D0, D1 e D3, maiores que os animais com obstruções simples e equinos que evoluem a óbito apresentaram valores de AST, em D0, maiores que os que receberam alta hospitalar. Os animais com obstruções estrangulativas apresentaram valores de FC, em D1, maiores os animais com obstruções simples. Houve correlação positiva, nos períodos pré e pós-operatórios, entre AST, CK, ureia e creatinina e os parâmetros físicos FC, FR e T nos equinos com abdômen agudo, tratados por laparotomia exploratória. Conclui-se que a avaliação da enzima AST no pré-operatório pode ser uma forma preditiva de prognóstico, assim como um auxílio na identificação do tipo de obstrução no período pré-operatório.