Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Capelli, Rafaela Brito [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/62811
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Resumo: |
Os valores séricos de asparato aminotransferase (AST) e de gama-glutamil transferase (GGT) são frequentemente anormais em doadores com morte cerebral (DBD). O impacto das alterações laboratoriais na sobrevida do enxerto é controverso. Objetivo: O objetivo desse estudo é explorar a relação entre os valores laboratoriais de AST e GGT do doador e seus desfechos no receptor após o transplante hepático. Métodos: Foram incluídos todos doadores que sofreram morte encefálica e submetidos ao transplante hepático em um único centro de 2004 a 2018 com dados disponíveis de AST (N=1.253) e valores de GGT (N=1.152). A política de aceitação dos enxertos foi de qualquer valor de AST, contando que o último resultado obtido fosse menor que o maior resultado obtido durante a internação do paciente. Em relação a GGT, o centro adotava como valor de referência da GGT o primeiro valor de GGT disponível, mesmo que valores posteriores durante a internação do doador apresentassem elevação. Pelos métodos de análise multivariada e curvas de Kaplan-Meier foram correlacionados os valores de AST e GGT com os dados clínicos dos doadores e receptores, de acordo com a ficha de doação fornecida pela Agência Nacional de Biomedicina da França, com os fatores prognósticos de disfunção precoce do enxerto, sobrevida em 90 dias e em um ano, após ajuste de fatores de confusão. Resultados: Não houve uma significante associação entre a média dos valores altos de AST (58 UI/L 6-2.000) e GGT (30 UI/L 2-1.147) do doador e a sobrevida do enxerto em um ano. Foi observada significante interação de história de abuso de álcool (HAA) no doador com a GGT. Todas as outras variáveis do doador não apresentaram correlação com a GGT e AST. Os riscos de perda do enxerto ou morte aumentaram exponencialmente com o aumento de GGT em doadores com HAA. Não houve diferença na sobrevida do enxerto em relação aos valores laboratoriais de AST e GGT dos doadores com corte no percentil 95 (475 UI/L para AST e 170 UI/L para GGT), mas o ‘donor risk index’ (DRI) era menor nos grupos com altos valores de AST ou GGT. A sobrevida do enxerto em um ano foi menor quando os doadores combinavam GGT ≥ 170 UI/L e HAA (61% vs. 86% em doadores com GGT ≥ 170 UI/L mas sem HAA). Conclusão: Enxertos de doadores com altos valores de AST ou GGT podem ser transplantados de forma segura desde que haja seleção estrita do doador e ausência de história de abuso de álcool do doador. |