Cinética de biomarcadores séricos musculares e cardíacos de cães submetidos a exercício intenso e treinamento aeróbio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Cerqueira, Juliana Aparecida [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151343
Resumo: As principais alterações fisiológicas ou patológicas induzidas pelo exercício que ocorrem na musculatura esquelética ou cardíaca podem ser identificadas por meio de biomarcadores séricos. Consolidados em atletas da espécie humana e equina, são praticamente inexistentes em cães estudos sobre a dinâmica destes biomarcadores relacionados com a prática de exercício máximo e treinamento. Objetivou-se determinar a cinética dos biomarcadores séricos musculares creatina quinase (CK), aspartato aminotransferase (AST), mioglobina; e cardíacos, troponina cardíaca I (cTnI) e creatina quinase isoenzima MB (CK-MB) de cães submetidos a esforço intenso e condicionamento aeróbio. A ação da venopunção sobre os biomarcadores também foi avaliada. Foram utilizados 18 cães hígidos da raça Beagle distribuídos em três grupos: sedentário (S), não treinado (NT) e treinado (T). Os cães foram submetidos a dois testes de esforço incremental (TEI-1 e TEI-2) para obtenção da curva lactato-velocidade (CLV). Verificou-se se a CLV teve modelo exponencial. O programa de treinamento foi realizado em esteira por 8 semanas na velocidade relacionada a 70-80 % do limiar de lactato (VLL). Determinou-se a velocidade correspondente a frequência cardíaca no momento da fadiga (VFCFadiga). Os biomarcadores séricos foram quantificados nos momentos basal, antes e 1, 6, 12, 24, 48 e 72 h após os TEIs. Aplicou-se análise de variância de dois fatores para amostras repetidas no tempo seguida por teste de Tukey e correlação de Pearson (P≤0,05). Elevação (P≤0,05) das velocidades correspondentes a VLL e VFCFadiga evidenciou melhora da aptidão aeróbia do grupo T. Observou-se aumento (P≤0,05) na atividade sérica de CK e AST, com valores máximos após 6 h em ambos os TEIs, com retorno aos valores basais após 12-24 h. Em conjunto, a avaliação do comportamento dos biomarcadores musculares revelou recuperação do tecido muscular após os TEIs. A cTnI e a mioglobina não se alteraram. A CK-MB apresentou pico de elevação (P≤0,05) após 1 h e retorno aos valores basais após 12 h em ambos os TEIs, apontando ausência de lesões musculares cardíacas. Observou-se forte correlação entre CK-AST (P=0,849) e correlação moderada entre CK-CK-MB (0,493) e AST-CK-MB (0,501). Parece que as atividades séricas da CK e AST podem sofrer interferência da venopunção jugular. Conclui-se que o exercício intenso provocou aumento fisiológico das atividades séricas das enzimas musculares e cardíacas com rápida recuperação, sem indicativo de lesões. O protocolo de condicionamento físico melhorou o rendimento dos cães, mas não influenciou a atividade sérica das enzimas musculares e cardíacas. Para o monitoramento desportivo em cães a CK-MB foi o biomarcador mais confiável.