Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Vieira Filho, Edgar Rosa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8165/tde-30012024-182705/
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Resumo: |
A presente tese enfoca a metáfora-conceito modernista da Antropofagia no seu deslocamento para o campo dos Estudos da Tradução. Trata-se de um aprofundamento e expansão das reflexões e análises empreendidas na pesquisa de mestrado, cujo objetivo central fora discutir a pertinência da aproximação entre a Antropofagia oswaldiana e a tarefa do tradutor literário, mais especificamente o tradutor de poesia. Um questionamento recorrente acerca do que se convencionou chamar \"teoria da tradução canibal brasileira\" diz respeito à desejável materialização de uma práxis tradutória antropofágica. A fim de se propor respostas a esse questionamento, volta-se para a obra poética oswaldiana, mais especificamente seu primeiro livro de poemas, Pau Brasil (1925), e seu último poema longo publicado em vida, \"O escaravelho de ouro\" (1946), bem como para sua, ainda pouco explorada, experiência como tradutor de poesia (1945). Procedimentos de apropriação textual como intertextualidade, ready made, colagem, paródia, e pastiche, entre outros, permeiam textos críticos acerca da obra poética oswaldiana. Nesse sentido, busca-se compreender tais procedimentos de apropriação/deformação textual como gestos de uma possível práxis antropofágica. Propõe-se, ainda, ler tais procedimentos na contraluz das reflexões-elaborações de Santiago (1971) em \"O entre-lugar do discurso latino-americano\", Castro Rocha (2017) na sua proposição de uma \"Teoria mimética e desafios da mímesis em circunstâncias não hegemônicas\" e Viveiros de Castro (2004), acerca da \"antropologia perspectiva e o método da equivocação controlada\". Discussões recentes nos campos da Teoria e da Crítica literária, e mesmo naquele dos Estudos da Tradução, têm problematizado a rápida digestão do cogito canibal oswaldiano e, amparados por estudos antropológicos contemporâneos, redimensionado a metáfora-conceito da Antropofagia. Nesse sentido, este trabalho pretende somar-se a esse movimento. |