Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Bichinski, Isabel Cristina
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Orientador(a): |
Sanches Neto, Miguel
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Banca de defesa: |
Soares, Marly Catarino
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Nascimento, Naira de Almeida
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós - Graduação em Estudos de Linguagem
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Departamento: |
Departamento de Estudos da Linguagem
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2960
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Resumo: |
Esta pesquisa tem como objetivo identificar Paulo Leminski enquanto um escritor antropófago a partir da análise de alguns poemas selecionados de seu livro Caprichos e Relaxos, de 1983. Este livro, que foi sucesso de vendas e que já traz em seu nome toda a duplicidade constante do poeta, imprime a identidade leminskiana que tentaremos reconhecer embasados pelo pressuposto da antropofagia modernista. Nesse sentido, buscamos estabelecer possíveis relações entre a antropofagia oswaldiana da década de vinte com a escrita fronteiriça do samurai malandro da década de oitenta, compreendendo de que forma a reflexão de Oswald de Andrade permanece viva na contemporaneidade e de que forma ela aparece atualizada em Paulo Leminski. Através de revisões de literatura de autores como João Cezar de Castro Rocha, Leyla Perrone Moisés, Gonzalo Aguilar, Haroldo de Campos entre outros, pretendemos resgatar, compreender e realizar um recorte de três momentos importantes no cenário da literatura brasileira contemporânea como a Poesia Concreta, o Tropicalismo e a Poesia Marginal que também atualizam Oswald de Andrade e integram a construção das múltiplas faces do escritor paranaense. A construção desse Leminski múltiplo, que viveu entre o pop e o erudito, o capricho e o relaxo, o rigor e a malandragem, comprova que a persona do poeta Rimbaud budista nagô consegue falar a todos, atualizando o espírito oswaldiano e percebendo na antropofagia uma potência antropológica, pode ser uma chave de nossa brasilidade. |