Antropofagia como visão de mundo: um convite à leitura de Oswald de Andrade
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18623 |
Resumo: | Esta dissertação de mestrado em Literatura Brasileira tem por objetivo ampliar a reflexão sobre a obra de Oswald de Andrade. Escritor mais conhecido pela participação na Semana de Arte Moderna – nos salões do Teatro Municipal de São Paulo – do que pela escrita sobre o Mangue – região central do Rio de Janeiro e habitada por casas de prostituição, trabalhadores informais e candomblés até meados do século XX. Embora vários momentos da vida de Oswald de Andrade sejam mencionados, o foco principal é a década de 50, que marca não somente o falecimento do modernista, em 1954, mas também uma época de literatura combativa e de revisão dos ideais apresentados na Semana de Arte moderna. A publicação de A crise da filosofia messiânica (1950), de A marcha das utopias (1953) e a versão definitiva de O santeiro do Mangue: mistério gozozo em forma de ópera (1950) atesta a vitalidade de um Oswald de Andrade iracundo, que parece insistir na utopia e no contradiscurso, mesmo em um momento mais difícil, com muitas dívidas a pagar e com a saúde debilitada. Além disso, o Diário confessional (1948-1954) também é estudado como registro importante dessa mesma época. Tecendo relações entre o século XX e este nosso século XXI, esta dissertação prova que os ideais de Oswald de Andrade são ainda úteis para pensar os dilemas da sociedade brasileira e, por isso, fonte de inspiração para novos trabalhos artísticos, como feito pela cantora Elza Soares no disco A mulher do fim do mundo (2015a). Espera-se, dessa forma, propor uma leitura mais ampla da obra de Oswald de Andrade ao incluir, como prioridade, o gesto da devoração crítica – em uma dissertação que também pode ser lida como ensaio de novas abordagens ao Modernismo, porque não se limitou a um recorte específico, querendo comer tudo do que foi produzido por Oswald de Andrade, para extrair o sumo desse grande contestador da inteligência brasileira. |