Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Gumiero, Vania Pereira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-28022019-183606/
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Resumo: |
O presente trabalho propõe uma análise vertical de Cartas de um sedutor, de Hilda Hilst, usando de uma chave de leitura fornecida pela antropofagia e seus desdobramentos pelos diferentes campos do saber. Retomamos as principais características e premissas do movimento literário organizado por Oswald de Andrade, sem nos esquecermos de seu aspecto fundamentalmente filosófico. Trouxemos também para a discussão alguns pontos levantados pela observação antropológica das culturas indígenas, a fim de nos aproximarmos dos sentidos mais profundos, ancestrais, da mitologia antropofágica. Munidos dessa tríplice perspectiva, adentramos o texto hilstiano para tentar identificar de quais modos este tema está articulado a outros, os de maior expressão ao longo de toda a carreira da autora: o erotismo, o sagrado e a morte. Verificamos que mais do que um assunto, a antropofagia é um procedimento que influencia diretamente a forma e o conteúdo das Cartas. Ela opera na linguagem, na estrutura da narrativa, nas personagens e em sua relação parodística com o Diário de um sedutor, de Kierkegaard. Por fim, o pensamento antropofágico parece estar por trás do que há de mais essencial na obra: o desejo de atingir e transformar o outro. |