Pseudotradução, linguagem e fantasia em \'O Senhor dos Anéis\', de J. R. R. Tolkien

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Gonçalves, Dircilene Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-17102007-140251/
Resumo: Em mais de meio século desde a publicação do primeiro volume de O Senhor dos Anéis, de J. R. R. Tolkien, em 1954, a maioria das discussões sobre a construção ficcional tolkieniana tem se concentrado em sua fundamentação lingüística, ou seja, o fato, reafirmado diversas vezes pelo próprio Tolkien, de que a obra foi escrita para dar um mundo às línguas inventadas por ele. O ponto de partida desta pesquisa é a observação do trabalho lingüístico de Tolkien desde uma outra perspectiva: a da concepção da narrativa como tradução fictícia. Partindo de um estudo da pseudotradução dentro dos Estudos da Tradução, observamos como ela opera especificamente nessa obra, com o objetivo de demonstrar que ela é não só uma técnica, mas o princípio criativo da narrativa. Após analisarmos a ficção tradutória que serve como moldura para a narração dos eventos da estória, complementamos a pesquisa com um estudo da utilização da linguagem na construção da fantasia mitológica de Tolkien. Na somatória dessas duas operações, procuramos mostrar como o processo de encadeamento de uma ficção dentro de outra ficção é fundamental para a criação de uma obra no limiar da fantasia e da realidade.