Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Gonçalves, Dircilene Fernandes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-15012016-125933/
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Resumo: |
A definição básica de pseudotradução é: um texto apresentado como tradução, mas que, na verdade, é um texto original. Nela, um tradutor imaginário afirma estar traduzindo uma obra inexistente: tanto tradutor como obra são produtos de ficção. Um recurso utilizado há muitos séculos de diversas maneiras e com diferentes motivações, ela é, muitas vezes, considerada farsa, fraude, falsificação ou mesmo mero gracejo narrativo sem grandes consequências. Entretanto, ao contrário do que essa visão simplória pode sugerir, ela tem estado presente em momentos importantes da história ocidental. Em sua relação com a literatura, a pseudotradução tem sido utilizada ao longo dos séculos como um poderoso recurso narrativo na composição de obras que concorreram para a transformação de sistemas culturais e literários. A partir da perspectiva do potencial criador e transformador da pseudotradução, este trabalho apresenta cinco obras produzidas em diferentes épocas da história ocidental, as quais, de alguma maneira, contribuíram para a dinâmica dos sistemas literários de suas épocas. Em todas elas, o fato de terem sido concebidas como pseudotraduções foi elemento fundamental e decisivo para seus efeitos. Cada uma dessas obras, distribuídas em períodos pontuais entre os séculos XII e XX, utilizou o recurso da pseudotradução de maneira diferente; todavia, todas elas promoveram transformações de paradigmas literários e questionamentos sobre questões humanas e sobre a própria ficção. São elas: The History of the Kings of Britain, de Geoffrey of Monmouth, século XII; Don Quijote de la Mancha, de Miguel de Cervantes, século XVII; O castelo de Otranto, de Horace Walpole, século XVIII; O nome da rosa, de Umberto Eco, e o conto Tlön, Uqbar, Orbis Tertius, de Jorge Luis Borges, ambas produções do século XX. A observação dessas obras desde a perspectiva do uso da pseudotradução permite considerar a tradução além do processo de versão de uma língua para outra, como processo de escritura per se. |