[pt] A FACE OCULTA DE PAGU: UM CASO DE PSEUDOTRADUÇÃO NO BRASIL DO SÉCULO XX
Ano de defesa: | 2007 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=10498&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=10498&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.10498 |
Resumo: | [pt] Este trabalho tem como objetivo analisar uma pseudotradução no Brasil do século XX. O termo pseudotradução se refere a uma obra apresentada como tradução e que circula como tal por determinado período sem suscitar suspeita. De junho a dezembro de 1944, a jornalista, escritora, militante comunista e musa do movimento antropofágico, Patrícia Galvão, conhecida também pelo apelido Pagu, produziu um exemplo do gênero ao escrever uma dezena de contos policiais para a revista Detetive que foram apresentados ao público como traduções de um suposto autor estrangeiro chamado King Shelter. As razões e as implicações dessa medida podem ser parcialmente explicadas por meio do paradigma dos Estudos Descritivos da Tradução (Descriptive Translation Studies - DTS). Os adeptos dessa linha, denominados descritivistas, propõem-se a descrever as estratégias e os recursos utilizados numa tradução, a fim de entender o motivo dessas escolhas, bem como avaliar as razões que levam uma cultura a rejeitar ou aceitar determinada obra traduzida. A pesquisa para o presente estudo foi informada pelas reflexões dos teóricos Itamar Even-Zohar, Gideon Toury e Susan Bassnett e teve como foco os contos traduzidos por Pagu, as características do romance policial e a biografia da autora. Ao longo da história, a pseudotradução revelou-se um estratagema para driblar questões culturais (inclusive estéticas), políticas e ideológicas. Temos agora conhecimento de que esse recurso foi usado no Brasil do século XX para preparar o terreno para o desenvolvimento de um gênero pouco difundido no país na década de 1940: o romance policial. |