Orpheu e Klaxon: Contexto Modernista Portugal-Brasil.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira, Edson Luiz de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27160/tde-17052019-095834/
Resumo: Em 2015, a revista Orpheu completou 100 anos, acontecimento que marcou o início do Modernismo em Portugal, um momento historicamente tão importante quanto a Semana de Arte Moderna de 1922, em São Paulo. A partir de então, as ideias modernistas foram se disseminando pelo espaço da língua portuguesa e por todas as áreas da cultura e das artes: poesia, pintura, arquitetura, escultura, música, teatro; nenhuma atividade artística ficou imune à tempestade inovadora. Formou-se assim uma rede de ideias e pessoas que se estendia num espaço expandido entre Paris, Lisboa e São Paulo, capaz de estabelecer um grande sistema de interlocuções entre três culturas bastante diferenciadas. A questão central colocada enfoca o significado social e cultural dessa rede e as consequências estéticas visíveis no fazer artístico de portugueses e brasileiros, nas três primeiras décadas do século XX. Nesse contexto, buscou-se, através de investigações em arquivos e análises comparativas, refletir sobre as propostas do Modernismo português, cotejando-as com aquelas do Modernismo brasileiro. Foi tomado como referencial de análise a revista Orpheu, em contraposição à revista paulista Klaxon, entre outras manifestações, como as exposições de arte e manifestos. A partir daí, formulou-se a hipótese de que, enquanto Orpheu provocou a emergência do Modernismo em Portugal, a revista Klaxon lançada em 1922 foi uma continuidade da Semana de Arte Moderna, mas também estabeleceu limites para o Modernismo brasileiro, antecipando-se ao \"retorno à ordem\". Tanto que algumas ideias esteticamente ousadas somente seriam adotadas no Brasil muito mais tarde, com as neovanguardas dos anos de 1950 e 1960, que retomou o primeiro Modernismo, resgatando principalmente os conceitos da Antropofagia oswaldiana.