Do duplo à abjeção: uma leitura de A Confissão de Lúcio de Mário de Sá-Carneiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Araujo, Fiorella Ornellas de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8150/tde-24112009-114521/
Resumo: O trabalho objetiva uma análise da obra A Confissão de Lúcio de Mário de Sá-Carneiro, pelas perspectivas do gênero e do sexo, do duplo e do abjeto, construídas através dos e nos protagonistas LúcioMartaRicardo. Elaborados como partes da ambigüidade realizada sob os desejos eróticos e relacionamentos auto-homoheterossexuais, nos quais as relações humanas representam uma entrega erótica, os personagens podem ser conseqüentemente vinculados às identidades não predominantes ou não normativas (como, por exemplo, a homossexualidade). Percebe-se uma intensão de Mário de Sá-Carneiro de transgredir as leis da natureza, não só pela projeção da alma como também pela tentativa de encontrar o outro, o duplo. Nesta linha de pensamento, vê-se na obra, portanto, uma atitude de identificação com as idéias da abjeção de questionamento à ordem estabelecida, na qual à controvérsia das identidades de gênero em relação ao posicionamento do femininomasculino dos personagens se vincula uma pretensão de vínculo do material com o espiritual. É importante ressaltar que para esta análise foram utilizados, como focos, os princípios teóricos de Julia Kristeva (abjeção), Judith Butler (sexo e gênero), Sigmund Freud (Psicanálise), bem como os do próprio autor e do modernismo português.