Reparo de lesões orais induzidas ou não por 5-FU em hamsters e tratadas com diferentes protocolos de terapia de fotobiomodulação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Cotomácio, Cláudia Carrara
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23157/tde-26082021-113207/
Resumo: As lesões ulcerativas da cavidade bucal são desconfortáveis devido a dor provocada e a maior susceptibilidade a infecções, afetando o desempenho em atividades cotidianas das pessoas. A mucosite oral (MO) é uma classe desse tipo de lesões, causada pelo tratamento antineoplásico, podendo ser a causa da interrupção do tratamento oncológico, aumentando a morbidade e mortalidade dos pacientes. O 5-Fluorouracil (5-FU) é um quimioterápico antimetabólico que impede a mitose celular, sendo um dos mais estomatotóxicos e causadores de MO. O uso da terapia fotobiomoduladora (do inglês Photobiomodulation Therapy - PBMT) com laser de baixa potência tem sido amplamente difundido para o tratamento e prevenção dessa lesão oral. No entanto, ainda não existe um consenso na literatura em relação ao melhor protocolo de irradiação, à capacidade de modulação inflamatória e à indução do reparo no tecido, tanto para feridas induzidas na presença do quimioterápico, quanto na ausência dele. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi analisar o processo de reparo de lesões orais, na presença ou ausência do 5-FU, e o efeito de diferentes protocolos da PBMT como tratamento dessas lesões. Para isso, foram utilizados 108 hamsters, os quais parte tiveram MO induzida pela administração do 5-FU seguida por ranhuras na mucosa e parte tiveram lesões orais induzidas apenas por ranhuras. Os animais foram divididos em nove grupos, como se segue: um grupo \"C\", o qual recebeu somente a anestesia e o veículo do quimioterápico; quatro grupos \"R\" (um controle e três grupos laser), que receberam anestesia, veículo do quimioterápico e ranhuras; e quatro grupos Q (um controle e quatro grupos laser) que receberam anestesia, ranhuras e quimioterápico 5-FU. Os grupos que receberam laser, tiveram os protocolos divididos da seguinte maneira: grupos R e Q LI receberam PBMT 6 J/cm2 /0,24 J; grupos R e Q LII receberam PBMT 25 J/cm2 / 1 J; e os grupos R e Q LIII receberam PBMT 6 J/cm2 /1,2J. O equipamento laser foi utilizado no comprimento de onda de 660 nm e com área de spot de 0,04 cm2 . Os animais 36 foram eutanasiados após 7 e 10 dias de experimento, sendo que a mucosa oral foi removida para análises histológicas (microscopia de luz com hematoxilina e eosina e marcação de colágeno com Tricrômico de Mallory), imunohistoquímica (NF-kB e TNF-?), e análises bioquímicas (TNF-?, NF-kB e hidroxiprolina). A influência mais evidente de ação da PBMT ocorreu entre os grupos que receberam indução de MO (quimioterápico + ranhura), principalmente no grupo QLI, de menor energia, que apresentou reparo mais acelerado e menores níveis dos indicadores inflamatórios quando comparado com seu controle Q. Entre os grupos R, o grupo de menor energia, RLI, também apresentou menores concentrações dos indicadores inflamatórios analisados. Dessa forma, a presença de quimioterápico evidencia o efeito da PBMT, na reparação tecidual, e energias mais baixas parecem acelerar o reparo tecidual e modular a resposta inflamatória.