Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Botelho, Letícia Olano Morgantti Salustiano |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-13072018-130157/
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Resumo: |
Este trabalho pretende reconstituir o debate entre Benjamin e Brecht durante a década de 1930 em torno da relação entre recursos formais e engajamento político na produção teatral brechtiana do período do fim da República de Weimar. Para isto, realizaremos um estudo de textos e montagens de determinadas peças, buscando trazer à tona, então, questões presentes nos comentários teóricos e interpretações realizadas pelos autores. O percurso deste trabalho divide-se em quatro partes. Primeiramente, nas duas partes iniciais, trataremos da crítica de Brecht à instituição teatral em seu teor ideológico e do início do desenvolvimento de seu projeto de refuncionalização social do aparelho produtivo teatral, bem como do papel da técnica neste contexto, valorizado por Benjamin. Para isso, realizaremos, inicialmente, uma reconstituição do panorama estético-político do período histórico e trataremos dos experimentos com A Ópera dos Três Vinténs e Ascensão e Queda da Cidade de Mahagonny. Em seguida, voltaremo-nos à peça radiofônica e ao Processo dos Três Vinténs, assim como, buscando aprofundar-nos na peça de aprendizagem, analisaremos o caso da peça A Medida. Em uma terceira parte, realizaremos um estudo da peça Um Homem é um homem, central para tal debate e tomada por Benjamin como modelo do teatro épico. Por fim, abordaremos o debate dos autores acerca da parábola em Kafka, a ser confrontada, então, com o trabalho brechtiano com a parábola. Pretende-se mostrar que se há, nas primeiras partes mencionadas, uma grande aproximação das perspectivas dos autores, nas duas últimas partes deste trabalho surgem, sobretudo em torno de uma tensão, de um conflito de compreensões entre a esfera gestual e a forma da parábola, diferentes interpretações do potencial crítico e da efetividade política do teatro épico. As divergências relacionam-se, em última instância, a diferentes compreensões dos vínculos entre arte e política, bem como a diferentes noções de dialética. |