Vagar e navegar: pelo mar de Melville e o sertão de Rosa. Estudo Comparativo entre Moby-Dick e Grande Sertão: veredas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Calor, Viviane Cristine
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-26032012-181440/
Resumo: Embora haja um intervalo de mais de um século entre a publicação de Moby-Dick (1851) e a de Grande sertão: veredas (1956), o romance de João Guimarães Rosa apresenta, quer na forma, quer no conteúdo ou em seus respectivos desdobramentos alegóricos, muitos pontos em comum com o livro de Herman Melville. Produtos de literaturas periféricas de países ainda em processo de formação, essas obras são narrativas híbridas que não se encaixam na concepção original do romance moderno europeu (ou novel): ambas resgatam e transformam a épica e a tragédia, os chamados gêneros altos, para dar voz a um indivíduo que, à margem da sociedade de seu tempo, erra por um vasto espaço inóspito enquanto empenha-se em combates mortais. O propósito deste estudo é analisar, sob um ponto de vista comparativo, passos de Moby-Dick e Grande sertão: veredas, divididos de acordo com os gêneros literários que abarcam e, destacando semelhanças e diferenças, propor Moby-Dick, livro que Guimarães Rosa tinha em sua biblioteca pessoal, como uma das fontes inspiradoras do Grande sertão.