Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Gambarotto, Bruno |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-14032013-104328/
|
Resumo: |
Neste estudo de análise e interpretação de Moby-Dick (1851), de Herman Melville (1819-1891), pretendemos formular e esclarecer questões relativas ao momento de definição do romance norte-americano, bem como à obra que se traduz como o esforço mais radical de um norte-americano na tentativa de, então, levar a forma romance ao estudo e reflexão sobre sua sociedade. Para tanto, recuperamos da leitura da obra os aspectos que mais fortemente tematizam tal intento: a crise ideológica de fins da década de 1840, quando os ideais revolucionários de igualdade da antiga república são finalmente confrontados com as consequências de sua integração no sistema capitalista mundializado questão central de Redburn (1849) e White-Jacket (1850), romances que preparam Moby-Dick e marcam as primeiras experiências de Melville como escritor social; o conceito de fronteira, problema de definição identitária norte-americana que abarca desde a ocupação da wilderness puritana no século XVII ao estabelecimento, à época de Melville, de uma política de Estado imperialista e, ademais, passa pela cristalização de perspectivas culturalmente particulares de propriedade e formação social de classe; e, finalmente, as noções de técnica e trabalho, diretamente implicadas na atividade baleeira e, de modo mais amplo, no avanço civilizatório norte-americano, e para quais pesam a consciência do valor social do trabalho livre e sua coexistência com a escravidão. É sob tais preocupações que contemplaremos, à luz da teoria crítica e da tradição crítica brasileira, as especificidades formais do romance, a saber, a apropriação estrutural do trágico em contraposição à épica, que define o percurso de Ahab, o capitão do Pequod, em sua caçada a Moby Dick, e a formação de um narrador reflexionante, o sobrevivente Ishmael, que retoma o passado da catástrofe para ferir o presente em que se perpetuam, no roldão do ingresso norte-americano na modernidade, as condições para sua reprodução. |