Deem-me a cratera do vesúvio como tinteiro: um estudo sobre o duplo velado em Moby-dick

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Lima, Rita Isadora Pessoa Soares de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/6893
Resumo: A noção de um duplo velado porta uma complexidade, uma vez que não se trata de um conceito prévio, mas de um desdobramento da ideia clássica de Doppelgänger, um termo originário do folclore e da ficção alemã, no qual se supõe que cada indivíduo possui uma réplica, uma duplicata que o acompanharia, sendo ou não atribuída de intenções ou desígnios maléficos em relação ao sujeito a que se iguala em imagem. Embora não faltem exemplos na literatura desta manifestação clássica do duplo, o objetivo deste trabalho segue em um sentido um pouco diferente. Operamos uma ligeira torção nessa ideia tradicional de duplo, em que a réplica é especular ou portadora de características agourentamente similares às do personagem, como é o caso, por exemplo, de homônimos, reflexos, sombras. Nesta tese, buscamos em Moby-Dick, de Herman Melville, e nos textos de autores como Franz Kafka, Clarice Lispector, dentre outros escritores, gestos de espelhamento, de identificação com o animal, devires, processos de duplificação do eu, isto é, fenômenos que tornem possível pensar em um processo textual que nos conduza a um duplo velado, levando em consideração aspectos como a representação do autor no texto, jogos de linguagem, e desdobramentos poéticos