Forma e indeterminação em As metamorfoses de Murilo Mendes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Machado, Admarcio Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-11122015-140007/
Resumo: Este trabalho analisa o livro As Metamorfoses, do poeta Murilo Mendes. A perspectiva escolhida é a da invenção por meio da linguagem desse poeta. Reconhecendo que a imagem tem valor inestimável na poesia de Murilo, nossa análise elucida a construção imagética atentando para o modo como a organização das palavras figura o efeito de desorganização semântica que lembra alguns quadros surrealistas. Nesse sentido, a pergunta que norteia este trabalho é: Como o poeta usa a forma para a construção da indeterminação de sentido? Para respondê-la, recorremos, além de textos poéticos e não poéticos de Murilo Mendes, a textos sobre o Surrealismo, o Essencialismo de Ismael Nery e sobre forma e indeterminação semântica, que nos ajudaram a entender melhor o código poético de Murilo Mendes, inclusive entrevendo nesse código um padrão compositivo. Sendo a junção de imagens descontínuas no poema a principal característica do trabalho de montagem em Murilo Mendes, julgamos coerente supor que esse procedimento de composição exige uma performance idiossincrática do leitor. Na condição de obra moderna, a poesia muriliana exige um leitor também moderno. Para constituí-lo textualmente, estudamos também alguns pré-requisitos de leitura que devem ser acionados para a compreensão da proposta artística de Murilo Mendes, recorrendo sistematicamente a textos da estética da recepção.