Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Delfino, Vanessa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-23022007-151707/
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Resumo: |
Se a família é o primeiro ambiente socializador da criança, preparando-a para a inclusão em um contexto social mais amplo, a escola pode ser considerada o segundo, salientando-se que pais e professores são figuras essenciais no desenvolvimento do indivíduo, cabendo a eles a função de transmitir valores e normas de conduta assim como compor o ambiente, estabelecendo formas e limites para as gerações mais novas; a infância é, pois, quando a criança incorpora estes valores e, então, o momento propício para verificar a assimilação que ela faz dos fatores relacionadas à tolerância, direitos e deveres. Neste sentido, inicialmente foi investigada a percepção de professores e pais de alunos de Escolas Públicas e Privadas sobre formas de educar a criança e o que seria a violência doméstica contra ela (Estudo I). Na continuidade, analisou como crianças de 2ª a 4ª séries do Ensino Fundamental, que freqüentavam Escola Pública, percebiam as ações dos adultos em relação a elas, o que consideravam certo e errado no contato entre os colegas, o que deveria ser feito para garantir o respeito aos direitos de cada um (Estudo II); e por último foi executado um conjunto de discussões em grupo voltado às questões da Tolerância e Direitos com crianças de 4ª série (Estudo III). Para cumprir estes objetivos, no Estudo I três Escolas Públicas e três Particulares foram contatadas, participaram quatro professores (um por série) e oito pais (dois por série) por Escola de primeira à quarta série do Ensino Fundamental, somando um total de setenta e dois entrevistados; na coleta de dados foram usados uma entrevista estruturada com os pais e jogo de sentenças incompletas com os professores. No Estudo II foram entrevistados 160 alunos de 2a (40), 3a (40) e 4a (80) séries do Ensino Fundamental de uma Escola Pública; dois instrumentos foram elaborados, o primeiro composto por um conjunto de desenhos, seguidos de questões, o segundo na forma de uma entrevista estruturada. No Estudo III, o material usado na intervenção foi em forma de jogo que consistia em lançar uma certa situação com duas possíveis alternativas (uma direcionada para a incompreensão e desobediência e a outra voltada para a tolerância e a recusa à agressão) a serem escolhidas pelos seus participantes (duas salas de 4ª série). Os dados obtidos foram analisados pelos sistemas quantitativo e quantitativo interpretativo. Os resultados, de um modo geral, mostraram que para os pais de alunos de ambas as escolas um sistema ideal de educação quanto à punição está no ponto central, a grande maioria nega que o excesso e a ausência sejam bons para a educação, mas sinalizam que, num grau médio, punir é uma ação aceita como forma de educar a criança. Os professores de escolas particulares e públicas disseram que já detectaram algum tipo de violência doméstica contra seus alunos. Os dados das crianças demonstraram que elas responsabilizam os adultos por sua formação e o que mais as incomoda no contato com os pares são as brigas. Discute-se assim a questão da visibilidade maior da violência doméstica contra a criança nas escolas, sendo os professores grandes aliados na sua detecção e também a necessidade da realização de outras intervenções com as crianças com o objetivo de trabalhar estratégias menos violentas diante de situações que exigem auto-controle em seu relacionamento com os colegas. |