Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Marinheiro, André Luis Valentini |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-05102006-101403/
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Resumo: |
No Brasil, o número de estudos sobre violência doméstica contra a mulher, perpetrada pelo companheiro, ainda é escasso. Neste país, como em outros, este problema já foi apontado como sendo de saúde pública, devido suas consequências. Estas consequências não são restritas à saúde física, sexual e mental da mulher, mas também inclui problemas da dinâmica familiar, atingindo a sociedade em geral. Este estudo avalia a prevalência de violência doméstica contra a mulher, cometida pelo companheiro ou por outras pessoas, utilizando-se de questionário aplicado no próprio domicílio da mulher. Todas as mulheres entrevistadas tinham entre 18 a 49 anos de idade na época da consulta médica e eram usuárias do serviço de saúde. A prevalência de violência doméstica perpetrada pelo companheiro alguma vez na vida, referida pelas usuárias, foi de 45,3% para qualquer tipo de violência, que foi denominada de violência geral; 41,5% das mulheres referiram violência psicológica, 26,4% violência física e 9,8% violência sexual. O estudo demonstrou associação da ocorrência de violência doméstica com algumas características apresentadas pelas usuárias como: escolaridade, estado marital, idade da primeira relação sexual, dados sócio-econômicos, vida sexual e reprodutiva e companheiro controlador, além de determinados sinais e sintomas. Destes, alguns se relacionaram com a violência: infecção ginecológica de repetição, depressão, vontade de morrer. Estes resultados, comparados com a prevalência de violência encontrada no serviço de saúde através dos registros médicos, mostraram uma grande diferença. Isto corrobora com a necessidade de tornar o problema da violência contra a mulher mais visível para os profissionais da saúde. |