Violência por parceiro íntimo na gestação e sua associação com antecedentes maternos e pessoais de violência entre mulheres atendidas no pré-natal pela Estratégia Saúde da Família no Recife –PE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: MUNIZ, Maria Luísa Corrêa
Orientador(a): LUDERMIR, Ana Bernarda
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Saude Coletiva
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17983
Resumo: A violência por parceiro íntimo durante a gravidez (VPIG) é um tema de grande importância para a saúde pública, embora seja possível encontrar na literatura diversos artigos abordando este problema poucos têm relatado a associação desta violência com antecedentes maternos e pessoais de violência. Este é um estudo de caso-controle de base populacional aninhado e teve como objetivo investigar a associação da VPIG com antecedentes maternos e pessoais de violência entre gestantes cadastradas no pré-natal pela Estratégia de Saúde da Família do Distrito Sanitário II no Recife, Pernambuco, entre julho de 2005 e dezembro de 2006. Foram entrevistadas 1.120 mulheres que se encontravam a partir da trigésima primeira semana de gestação. As prevalências encontradas foram: 30,9% de VPIG, 38,8% de agressão física antes dos 15 anos, 22,9% de agressão física após os 15 anos, 36,4% de vivência de agressão da mãe, 10,4% de violência sexual antes dos 15 anos e 6,3% de violência sexual após os 15 anos. A análise multivariada foi realizada através da regressão logística. As mulheres que relataram VPIG apresentaram uma maior probabilidade de terem agressão física antes dos 15 anos (OR = 2,10), agressão física após os 15 anos (OR = 1,71), vivência de agressão da mãe (OR = 1,50) e violência sexual antes dos 15 anos (OR = 1,78). O reconhecimento e a identificação da perpetuação do ciclo da violência na história das mulheres, em especial nesta fase delicada e de mudanças que é a gestação, poderá contribuir para a prevenção e o enfrentamento deste agravo.