Ações da proteína M do vírus respiratório sincicial humano na célula hospedeira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Dias, Tábata di Lenardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42132/tde-16072024-105418/
Resumo: O Vírus Respiratório Sincicial Humano (HRSV) é um dos patógenos mais importantes do trato respiratório, causando doença respiratória principalmente em recém-nascidos e bebês. O genoma do HRSV codifica onze proteínas, sendo fundamental para entender a sua relação com o hospedeiro, caracterizar as interações entre essas proteínas e os componentes celulares. Em nosso laboratório tem sido acumulados dados sobre a interação desse vírus com células em cultura. Esses dados indicam que ocorre interação entre a proteína de Matriz (M) e Tropomiosina 3 (TPM 3), e estudos utilizando microscopias de imunofluorescência e confocal, mostraram que o vírus modifica o padrão de localização de TPM 3. O objetivo deste projeto foi estudar o efeito que a proteína de Matriz exerce na célula hospedeira, através de: novas análises de interação entre M e TPM 3, estudo de expressão gênica realizado por sequenciamento de nova geração, e análise de danos ao DNA relacionados a ações da proteína M. Quanto a expressão gênica, já foi demonstrado que a proteína M se encontra no núcleo no início da infecção e lá ela interfere na transcrição das células infectadas no hospedeiro, mas esse mecanismo e suas vias são incertos. Quanto aos danos no DNA, a hipótese é que M pode estar envolvida, tendo como base estudos que já demonstraram que o HRSV induz quebras de fita dupla. Durante o desenvolvimento do trabalho, conseguimos demonstrar a importância da proteína Tropomiosina 3 para a viabilidade do vírus, através de ensaios de superexpressão da Tropomiosina, que levaram a um desarranjo dos corpúsculos de inclusão do vírus. Também verificamos que uma droga que desestabiliza a Tropomiosina 3 (TR100) faz com que a produção de proteínas virais seja reduzida, além de mudar a morfologia dos corpúsculos de inclusão. Finalmente, fizemos um ensaio de transcriptoma em células que expressam apenas a proteína M. Esses dados indicam que ocorre um efeito de repressão da expressão de diversos conjuntos de genes, notadamente os relacionados a resposta imune inata.