Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Bezerra, Neilton Paulo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/236748
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Resumo: |
Infecções respiratórias de vias aéreas inferiores têm sido classificadas como uma das principais causas de morte no mundo. Pessoas que vivem com HIV/aids (PVHA) apresentam maior risco de infecção por agentes causadores de síndromes gripais devido à sua condição de imunossupressão. Diante disso, o objetivo desta pesquisa, foi avaliar a ocorrência de infecções respiratórias causadas pelos vírus: influenza, vírus sincicial respiratório (VSR) e SARS-CoV-2 em PVHA, no período de 2020 a 2022. Além disso, avaliar a ocorrência e mortalidade de infecções causadas pelos vírus respiratórios citados acima e identificar os fatores sociodemográficos e clínicos das PVHA. A partir, de secreções de nasoorofaringe de 57 PVHA, e que apresentaram quadro gripal, foi extraído o material genético utilizando o kit BIOPUR Mini Spin Vírus DNA/RNA 2.0, seguido por transcrição reversa e Reação em Cadeia da Polimerase (RT-PCR) no aparelho Hybrispot 12 PCR Auto, utilizando o kit de detecção XGEN Multi PR24 Flow Chip. Após a amplificação, ocorreu hibridização reversa em um chip que é composto por uma membrana de nylon (tecnologia Flow Chip) que permite a detecção de até 24 patógenos, posteriormente os resultados dos ensaios foram validados. Das 57 PVHA, 32 (56,2%) eram do sexo masculino, com mediana de 42 anos [21 - 68] de idade. Em 36 (63,2%) pacientes houve detecção de algum vírus do painel de patógenos. Do total da casuística, 27 (47,5%) correspondiam aos três vírus estudados, sendo 18 (31,5%) do SARS-CoV-2, oito (14,0%) do VSR e um (2,0%) da influenza. Em 21 (36,8%) pacientes não foram identificados quaisquer dos vírus. Três pacientes evoluíram a óbito durante o estudo, apresentando quadro respiratório com piora progressiva e necessidade de suporte ventilatório. Nestes três casos, não houve detecção dos vírus aqui estudados, e ressalta-se, que não foi possível realização de necropsia destes pacientes. Nas 57 PVHA estudadas, houve maior ocorrência do SARS-CoV-2 (31,5%), seguido do VSR (14,0%) e influenza foi encontrado em apenas um paciente, sendo este o subtipo H3N2. O teste de Fisher para a associação entre ocorrência de detectados e não detectados entre SARS-CoV-2 e VSR mostrou que não houve associação entre a ocorrência desses dois vírus (p = 0,085), bem como, não houve associação entre os sintomas presentes em pacientes detectados para SARS-CoV-2 e VSR (p = 0,8851). Pelo menos uma comorbidade esteve presente no grupo com detecção de SARS-CoV-2. Por outro lado, apenas um caso (14,3%) de infecção pelo VSR apresentou obesidade. Está claro que a covid-19 associa-se a uma gama maior de comorbidades que aumentam o risco de doença mais grave ou morte. Foi possível determinar a alta ocorrência de infecções pelo SARS-CoV-2 e VSR em pessoas que vivem com HIV/aids, aqui estudadas, não havendo diferença nos sintomas referentes a cada uma das infecções. Não houve diferença entre as cargas virais e as contagens de células T CD4+ para os três vírus. Foi possível determinar a alta ocorrência de infecções pelo SARS-CoV-2 e VSR em pessoas que vivem com HIV/aids, aqui estudadas, não havendo diferença nos sintomas referentes a cada uma das infecções. |