Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Nascimento, Fernanda de Oliveira |
Orientador(a): |
Naveca, Felipe Gomes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/49926
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Resumo: |
O Vírus Sincicial Respiratório Humano (HRSV) é o patógeno mais detectado em casos de infecções do trato respiratório inferior em crianças menores de cinco anos, adultos imunocomprometidos e idosos. Vários surtos por HRSV vêm sendo identificados ao longo dos anos no mundo, gerando um alerta e a necessidade de reforçar a vigilância deste patógeno. O HRSV é classificado em dois grupos (HRSV-A e HRSV-B) e vários genótipos, descritos com base na variabilidade genética do gene que codifica a glicoproteína G. Nas últimas décadas novos genótipos surgiram contendo duplicações de nucleotídeos na segunda região hipervariável do gene G, como ON1 (HRSV-A) e BA (HRSV-B), substituindo os genótipos circulantes anteriores e espalhando-se globalmente. Em 2019, ainda em um período pré-pandemia de SARS-CoV-2, o Amazonas registrou um aumento significativo nos casos de Síndrome Gripal (SG) e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), sendo o HRSV o vírus mais detectado na rotina de diagnóstico. Este estudo teve como objetivo caracterizar geneticamente o HRSV que circulou neste período no Amazonas e inferir as introduções do vírus no estado. Ao total, 57 amostras de HRSV foram obtidas entre 2019 a 2021. Dentre as amostras de 2019, 77,7% pertenciam ao HRSV-B e 13,8% a HRSV-A; e de 2020 e 2021 99% pertenciam ao HRSV-A. Destas, apenas 17 foram sequenciadas por sequenciamento de nova geração (NGS), todas referentes ao ano de 2019, sendo os genótipos ON1 (N=2) e BA9 (N=15) identificados. Essa é a primeira vez que o genótipo ON1 é descrito circulando no Amazonas. Apesar do viés amostral devido ao baixo número de genomas mundiais, as análises filogenéticas e filogeográficas discreta, revelaram que houve diferentes introduções do HRSV no estado e ambos os subtipos evoluíram de forma semelhante a um relógio estrito, com taxas médias de substituições de nucleotídeos de 6,33 x 10-4 para HRSV-A e 6, 041 x 10-4 para HRSV-B. Dessa maneira, acreditamos que este estudo venha a contribuir na vigilância genômica do HRSV no Amazonas e no Brasil, descrevendo não somente os genótipos circulantes e mutações, mas gerando os primeiros genomas completos de HRSV do norte do país. |