Tratamento da hiperidrose palmo-plantar pela simpatectomia videotoracoscópica: terceiro versus quarto gânglio torácico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Ishy, Augusto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5156/tde-27092010-144236/
Resumo: Introdução: Atualmente, a simpatectomia torácica videoassistida tornou-se o tratamento de escolha para hiperidrose palmar. O principal efeito colateral após operação é a hiperidrose compensatória (HC), sendo considerada a maior causa de insatisfação pelos pacientes. Objetivo: Comparar os resultados obtidos com a simpatectomia torácica videotoracoscópica realizada em dois níveis ganglionares distintos (terceiro versus quarto gânglio torácico) no tratamento da hiperidrose palmo-plantar, por meio de um ensaio clínico randomizado e cego. Método: Foram selecionados 40 pacientes entre fevereiro de 2007 e maio de 2009. Os participantes foram aleatorizados em dois grupos de 20 pacientes (G3 e G4) e submetidos à operação com seguimento de 12 meses (1ª semana, 1° mês, 6° mês e 12° mês). Utilizamos um método objetivo para mensuração do suor, aferindo a TEWL (transepidermal water loss) pelo VapoMeter, além da avaliação da qualidade de vida antes e após a operação. Também foram estudados: resolução da hiperidrose palmar, incidência e intensidade da HC. Resultados: Todos os pacientes apresentaram resolução da hiperidrose palmar após a operação, com diferença estatística em relação ao fator tempo, quando comparados os valores da TEWL palmar no pré-operatório com os seus respectivos valores na 1ª semana, 1° mês, 6° mês e 12° mês. O principal efeito colateral observado foi a hiperidrose compensatória, incidindo com maior frequência no grupo G3 após 12 meses de seguimento; apesar disto, não houve diferença estatística em relação à intensidade (gravidade) da HC nos grupos estudados. Verificou-se melhora da qualidade de vida desde a primeira avaliação do pós-operatório, sem diferença entre os grupos, que assim se manteve até o fim do estudo. As regiões mais acometidas pela HC foram dorso, tórax, abdome e coxas; no entanto, não houve diferença estatística da TEWL mensurada nessas regiões após 12 meses de acompanhamento. Conclusão: Ambas as técnicas foram efetivas no tratamento da hiperidrose palmar, gerando redução objetiva da TEWL independente do gânglio operado. A simpatectomia no nível de G3 apresentou maior incidência de HC; apesar disso, a melhora da qualidade de vida foi similar em ambos os grupos, não existindo diferença significativa da TEWL quantificada no dorso, abdome, coxas e pés após 12 meses