Radiofrequência no tratamento da hiperidrose primária. Revisão sistemática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Hasimoto, Fabio Nishida [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150069
Resumo: Introdução: A hiperidrose primária (HP) é um distúrbio caracterizado pela sudorese excessiva, levando a uma piora na qualidade de vida de seus portadores. Objetivo: Determinar a efetividade da radiofrequência (RF) no tratamento da HP. Método: Revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados, estudos controlados e estudos observacionais em indivíduos portadores de HP, nos quais foram realizados o tratamento por RF comparado com qualquer outra modalidade de tratamento ou em que foram comparados os resultados antes e após a intervenção no tratamento isolado por RF. Os desfechos avaliados foram: grau de intensidade da hiperidrose, qualidade de vida, sudorese compensatória e recorrência dos sintomas. Resultados: Foram selecionados dez estudos, oito deles (204 participantes) empregando somente a RF (74 microagulhamentos e 130 ablações) e dois (65 participantes) comparando a RF com a simpatectomia videotoracoscópica. Houve redução da intensidade da HP no subgrupo que aplicou microagulhamento (3 estudos, 74 participantes, diferença média -1,24, IC 95% -1,44 a -1,03, I2=50%). Em um estudo em que se realizou ablação simpática por RF (36 participantes) houve maior redução da intensidade da HP do que nos três estudos em que se realizou microagulhamento (-2,56, IC 95% -2,76 a -2,36 versus -1,24, IC 95% -1,44 a -1,03). Houve melhora na qualidade de vida após ablação simpática (2 estudos, diferença média -15,92, IC 95% -17,61 a -14,24, I²= 23%). No microagulhamento também houve melhora da qualidade de vida, mas menor que na ablação (2 estudos, -9,0, IC 95% -9,15 a -8,85, I²=0). Somente um estudo que comparou a ablação simpática por RF com a simpatectomia videotoracoscópica aplicou o questionário de qualidade de vida antes e após o tratamento. Na simpatectomia videotoracoscópica houve redução de 31,8 ± 15,4 para 7,6 ± 11,3, enquanto na ablação por RF a redução foi menor, de 27,8 ± 16,1 para 19,8 ± 12,7. Um dos dois estudos que compararam a sudorese compensatória na ablação por RF com a simpatectomia mostrou que a hiperidrose compensatória é maior na simpatectomia videotoracoscópica, mas o outro estudo não constatou essa diferença. Somente um estudo comparou a recorrência dos sintomas entre a simpatectomia videotoracoscópica e a ablação por RF, e mostrou ser maior no segundo. Conclusões: Há evidências de boa qualidade de que a RF é efetiva no tratamento da HP, existindo superioridade da ablação simpática sobre o microagulhamento. Devido à falta de estudo dos desfechos avaliados e o pequeno número de estudos, não foi possível emitir qualquer evidência sobre a comparação da ablação por RF com a simpatectomia videotoracoscópica.