Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Sampaio, Paulo Cerruti de Arruda |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-26042024-114920/
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Resumo: |
Pretendemos discutir a questão da expressão na filosofia da música de Theodor Adorno. Veremos como, na leitura de Adorno, a expressão muda de função no contexto da nova música e de sua recusa da tonalidade. Nas composições expressionistas de Arnold Schoenberg, a expressão deixa de afirmar a reconciliação entre os impulsos expressivos do sujeito musical e as convenções da tonalidade, e assume uma função negativa, denunciando o caráter antagônico da vida social ao invés de ocultá-lo por meio da fraude da harmonia. Veremos ainda como a postura crítica da nova música, indissociável da expressão entendida como contratendência em relação à logicidade da forma, é colocada em risco no pós-Guerra. Ao rejeitar a expressão in totum e optar por sistemas composicionais que tendem a excluir o sujeito, a música de vanguarda recupera o caráter ideológico que havia superado por meio da crítica à expressão tradicional. Por fim, argumentamos que a obra de Morton Feldman é capaz de superar os impasses que Adorno identifica na produção de seus contemporâneos. Sua crítica à expressão tradicional não o leva a sistemas musicais alheios ao sujeito, mas a uma música sistematicamente assitemática, na qual sobrevive o ímpeto crítico da nova música |