O sublime de Lyotard e a música de Morton Feldman

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Nascimento, João Paulo Costa do [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152693
Resumo: O filósofo francês Jean-François Lyotard (1924-1998) desenvolve uma estética calcada no conceito de sublime a partir de seus escritos sobre arte pertencentes às décadas de 1980 e 1990. Tais formulações são pertencentes ao seu período filosófico caracterizado como virada kantiana, embasado na leitura da filosofia crítica de Kant, porém, com nuances de influência burkeana. O presente trabalho tem por objetivo investigar os conceitos descritores desta estética do sublime de Lyotard, bem como a maneira como eles são utilizados no comentário de questões da música, em especial, das vanguardas musicais do século XX. Pretende-se problematizar o papel da música na constituição da estética de Lyotard, bem como o alcance e adequação dos compositores elencados pelo filósofo como exemplos de autores comprometidos com os valores do sublime. Apresenta-se por hipótese principal a afirmação de que o sublime de Lyotard encontra uma adequação privilegiada e singular na obra do compositor norte-americano Morton Feldman (1926-1987), devido à busca pelo despojamento do espírito-sujeito-consciência presente tanto na obra do filósofo quanto na obra ensaística e musical do compositor. Como consequência, conclui-se que uma crítica musical que deseja abordar as presentes questões do sublime demanda uma escrita ensaística que ecoa uma filosofia do acontecimento, evocando a abertura de determinação da linguagem em favor de uma maneira (e não um método) de investigação de tipo reflexiva, nos termos da leitura que Lyotard realiza da Crítica da Faculdade do Juízo de Kant.