[pt] O SUBLIME E A MÚSICA EM ADORNO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: HARRISON SILVEIRA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=29501&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=29501&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.29501
Resumo: [pt] O presente texto propõe verificar o sublime e a música em Adorno. Para tanto, três objetivos centrais serão seguidos. O primeiro visa verificar o surgimento do sublime. De objeto de investigação filosófica do tratado Do Sublime atribuído à Longinus e a posterior tradução, por Boileau, avançaremos para a sua recepção e repercussão na Inglaterra oitocentista, especificamente, Burke. Em seguida, analisaremos o sublime em Kant, visando dialogar com as considerações adornianas a cerca do sublime, configurado pelo filósofo como enigma, e as obras de vanguardas artísticas, a Nova Música. O segundo objetivo debruça-se sobre a Nova Música, verificando sua contribuição para o entendimento do sublime em Adorno. Para tanto, analisaremos as possíveis ligações e desdobramentos presentes nesta nova proposta radical musical, denominada por Adorno, de esfera despadronizada, quando, comparadas à esfera de obras musicais, ditas, padronizadas. Formularemos a hipótese de que a Nova Música esteja imbricada, tanto com o sublime em Burke, notadamente, via expressionismo musical, bem como, com o sublime matemático kantiano, dada à incomensurabilidade de suas possibilidades composicionais advindas do dodecafonismo schonberguiano, para finalmente receber, em Adorno, o tratamento de enigma. O terceiro e último objetivo foca no fetichismo musical e o seu desdobramento em regressão auditiva, decorrência principal, nas artes musicais, da Indústria Cultural. Mediante tal análise, aventaremos a hipótese, de que a regressão auditiva, paradoxalmente aos sombrios prognósticos adornianos, descortinou também, os novos rumos para a música ocidental. Através da liberação das dissonâncias e do uso da série, advindas da mesma Segunda Escola de Viena, surgiram os movimentos de música concreta, eletrônica e eletroacústica, permitindo-se um novo tratamento musical para o ruído, transformando-o assim, no mais novo elemento composicional. As conclusões centralizam-se na questão principal da categoria estética artística musical, o sublime. Por meio de sua análise, interpretação e entendimento, permite-se uma aproximação ao tratamento dado por Adorno a certas obras musicais, sinalizadas pelo filósofo, como pertencentes ao âmbito do sublime musical. Esperamos contribuir, com esta pesquisa, para uma maior aproximação com o sublime e a crítica musical em Adorno.