Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Silva, Mariana Morales da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59140/tde-03092015-114609/
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Resumo: |
Esta dissertação entrelaça sentidos sobre Educação, Literatura e Discurso, ao colocar a leitura e a escrita em foco. O trabalho questiona a ilusão de leitura única e padronizada imposta no espaço escolar, compreendido por atravessamentos ideológicos que edificam mecanismos de naturalização dos efeitos de sentidos para a posição sujeito-aluno. Nesse sentido, debate o papel da Escola em relação ao grau de letramento, à distribuição de sentidos, ao acesso à Literatura e à garantia do direito de o sujeito-aluno poder sustentar-se em outras posições discursivas, como a da função-leitor e a da função-autor, posições as quais ele é desautorizado e interditado de ocupar. Defendendo a ideia de possibilidade de leituras que façam circular sentidos plurais, esta pesquisa mobiliza, pela filiação à Análise do Discurso pecheuxtiana, os conceitos de interdiscurso, arquivo e memória discursiva para a construção do conceito de teias discursivas, um funcionamento de leitura na função-leitor, que se dá por diálogos, previstos ou não, com obras da literatura clássica universal. Defende-se que a possibilidade de instauração de movimentos interpretativos aos sujeitos-alunos pode afetar o movimento autoral em escritos escolares. Como os movimentos interpretativos não são permitidos na Escola, objetivou-se (re)construir um trabalho dialógico com os clássicos, visando a proporcionar aos sujeitos-alunos gestos de interpretação, a construção de um arquivo e a assunção da autoria. A pesquisa ocorreu em uma escola da rede estadual de ensino, do interior de São Paulo, com duas turmas de 3º ano do EF I. Pelas análises dos movimentos interpretativos e das produções textuais sobre o clássico Romeu e Julieta, compreendeu-se como os efeitos da fôrma-leitor podem exercer um retorno ao lugar sedimentado e que o movimento interpretativo pode ser, ao mesmo tempo, coletivo, historicizado e singular, sustentando a defesa de que, pela tessitura do movimento interpretativo pelo funcionamento de leitura nas teias discursivas, por meio da função-leitor, o sujeito pode encontrar-se com a possibilidade de ocupar as posições discursivas de sujeito-leitor e de sujeito-autor. |