Sobre o problema do mundo exterior em Wittgenstein

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Krempel, Raquel Albieri
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-12092013-112910/
Resumo: A presente dissertação visa avaliar o tratamento que Ludwig Wittgenstein oferece ao tradicional problema cético da existência do mundo exterior. É sobretudo em Sobre a Certeza que encontramos reflexões relevantes sobre o tema, como discussões sobre o sentido da dúvida cética e de alegações de conhecimento. Wittgenstein basicamente rejeita o problema. Contra o ceticismo, Wittgenstein defende que nossas certezas básicas estão fora do âmbito da dúvida e funcionam como condição de possibilidade de qualquer jogo de linguagem (inclusive o da própria dúvida). Contra Moore e a tradição filosófica em geral, denuncia a ausência de sentido não só da própria apresentação de uma resposta ao falso problema do mundo exterior, como da vinculação de nossas certezas básicas a um vocabulário epistêmico. Meu objetivo é o de apontar problemas às críticas de Wittgenstein. Começarei apresentando uma versão forte do ceticismo sobre o mundo exterior, para então mostrar que suas críticas só funcionam contra um ceticismo fraco, que não está em questão. Quanto aos seus ataques contra Moore, defendo que eles só funcionam pagando o preço caro de inconsistência com suas concepções metafilosóficas. A conclusão a que pretendo chegar é a de que o problema do mundo exterior permanece vivo, apesar da tentativa de Wittgenstein de desqualificá-lo.