O segundo Wittgenstein e o problema das outras mentes
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Filosofia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12276 |
Resumo: | Esta dissertação tem por objetivo expor e analisar criticamente o pensamento do segundo Wittgenstein no que tange ao assim chamado "problema das outras mentes", explorando ao longo do trabalho todo o desenvolvimento de um raciocínio que conduz ao seu posicionamento. O primeiro capítulo cumpre a função de explicar em que consiste o problema das outras mentes, de acordo com a literatura filosófica atual a respeito do tema. Em verdade, constatamos que há dois problemas distintos, ainda que possamos considera-los conectados: um problema de natureza epistemológica e outro de natureza conceitual. Nesse primeiro capítulo apresentamos também versões de cada um dos problemas. No segundo capítulo fazemos uma contextualização histórica e filosófica do pensamento tardio do autor. Começamos com uma breve exposição da sua trajetória intelectual, incluindo tanto os aspectos gerais quanto os aspectos especificamente pertinentes ao tema na primeira fase e na fase intermediária de Wittgenstein. Em seguida discutimos os aspectos gerais da segunda fase do seu pensamento, incluindo a sua crítica à visão agostiniana da linguagem e o que ele entendia como a metodologia filosófica adequada. No terceiro capítulo fazemos um movimento de aprofundamento na filosofia da linguagem do segundo Wittgenstein, apresentando em detalhes o "problema de seguir uma regra" e as controvérsias entre os comentadores referentes à adequada interpretação da posição do autor. No quarto e último capítulo, discutimos em profundidade a filosofia da linguagem psicológica de Wittgenstein. Começamos apresentando o argumento da linguagem privada temática que marca a virada da filosofia da linguagem para a filosofia da mente nas Investigações para depois expormos o ponto de vista positivo de Wittgenstein em relação à filosofia da mente e da linguagem psicológica, encerrando com aquilo que consideramos a solução a ser extraída da obra do segundo Wittgenstein tanto para o problema epistemológico quanto para o problema conceitual das outras mentes, nas suas mais variadas versões. Colocando de modo sucinto, o ataque de Wittgenstein ao ceticismo das outras mentes depende fundamentalmente do seu ataque à compreensão dominante na história da filosofia de que as palavras do vocabulário psicológico denotam objetos fenomenológicos diretamente acessíveis apenas ao sujeito que os experiencia, bem como da rejeição à ideia de que conceitos psicológicos são adquiridos por introspecção. |