Tradição e modernidade: desanexação da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EEUSP)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Santiago, Emiliane Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7140/tde-10052011-150138/
Resumo: O presente estudo teve o objetivo de analisar o processo histórico da desanexação da Escola de Enfermagem de São Paulo - EEUSP - da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo FMUSP. Para tanto, pretendeu-se apontar alguns antecedentes assim como descrever sumariamente a conjuntura da enfermagem no país e a fundação dessa Escola. Este estudo qualitativo descritivo tem como interesse a garantia da memória da profissão de enfermagem e da EEUSP, incentivando a concretização da identidade desta profissão, através da análise de diversas fontes encontradas sobre o processo de desanexação da EEUSP. Entre essas, o Boletim do SESP, imagens fotográficas, cartas de Miss Tennant e Sr. Sopper da Fundação Rockefeller, edições da Revista Médico-Social, documentos e relatórios da fundação Rockefeller sobre a criação da Escola de Enfermagem de São Paulo, as Atas do Conselho Técnico e Administrativo Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e da Congregação da mesma instituição, assim como também as Atas da Associação Brasileira de Enfermagem, Seção de São Paulo (ABEn - SP), Conselho Técnico Acadêmico da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EEUSP) e no arquivo da Reitoria, as ATAS do Conselho Universitário da Universidade de São Paulo (CO-USP). A análise dos diversos documentos encontrados possibilitou realizar um breve apanhado histórico da fundação da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo até sua desanexação. Para tanto, foi necessário ampliar o olhar e conhecer um pouco das instituições e personagens que estão diretamente ligadas a essa história, como a própria Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, alguns de seus diretores e a própria Escola de Enfermagem da USP e suas primeiras diretoras. Com amplo apoio da elite intelectual, política e econômica paulista, a Universidade de São Paulo foi criada pelo Decreto nº 6233, de 25 de janeiro de 1934 e congregou as outras faculdades que já existiam. A Escola de Enfermagem deveria ser criada como universitária conectada a Faculdade de Medicina, ao Instituto de Higiene a ao Hospital das Clínicas, a intenção da construção de importante centro de excelência em saúde, sempre integrado: a Faculdade de Medicina, o Instituto de Higiene e a futura Escola de Enfermagem. O planejamento do mais importante complexo de saúde da América Latina firmava o claro princípio da integralidade. Com a recomendação do Presidente Juscelino Kubitscheck de que as obstetrizes sejam formadas nas escolas de enfermagem num regime de uma fase de ensino comum e outra diversificada e em virtude da USP manter uma conceituada escola de enfermagem, com toda a estrutura necessária para a formação dos dois profissionais e as contribuições de Maria Rosa Sousa Pinheiro foi determinante para concretização do processo de desanexação.