Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Marcussi, Elaine |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-15082012-135932/
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Resumo: |
O estudo investiga o efeito simbólico da criação da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EERP-USP), na imprensa escrita (1951), através da análise e discussão das matérias jornalísticas publicadas em três jornais da cidade, à época: A Cidade, Diário da Manha e a Tarde. Estudo de perspectiva histórica que se aproxima da abordagem da micro-história. O marco temporal desse trabalho refere-se à aprovação da organização e finalidade da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP), que criou, anexa à mesma, a EERP/USP, através da Lei Estadual nº. 1467, de 26 de dezembro de 1951. O corpus documental constituiu-se das matérias jornalísticas relativas à criação da EERP-USP e/ou Enfermagem/enfermeiro(a) publicadas pelos jornais disponíveis para a pesquisa no Arquivo Público e Histórico da cidade. A coleta compreendeu os meses de dezembro de 1951 e janeiro de 1952. O marco teórico de referência para análise do texto jornalístico trata-se da teoria de mundo social, com utilização da noção de campo jornalístico, do sociólogo Pierre Bourdieu. Os resultados obtidos apontaram para um total de 47 matérias jornalísticas. Entretanto, 34 possuem a FMRP-USP como tema centrale seis (6) matérias se referem diretamente a EERP/USP, Enfermagem ou enfermeira(o). Observa-se que o discurso jornalístico sobre a instalação da FMRP-USP reconfigura o campo científico na cidade. Verificou-se que a EERP-USP, mesmo antes de sua instalação, apropriou-se de certo capital cultural, efeito da visibilidade da FMRP-USP. Nas seis matérias analisadas destaca-se um discurso ambivalente quanto à posição da Enfermagem e/ou EERP-USP em relação à FMRP-USP/Medicina, ora àquela que agrega capital simbólico de força equivalente às demais profissões, ora aquela que é referida como integrante, de um conjunto maior, que seria de domínio médico. Entretanto, destaca-se que este fenômeno ocorreu em virtude da inexistência de agentes sociais no campo simbólico que pudessem exercer forças a favor da EERP-USP, uma vez que, a Profa. Glete de Alcântara, sua principal agente social, iniciou suas atividades em Ribeirão Preto quatro meses após o período de analise do presente estudo. |